Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (14), professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) decidiram encerrar a greve, que teve duração de 140 dias de mobilização pelos docentes. A reunião aconteceu na Faculdade de Arquitetura, no bairro da Federação, em Salvador, das 14h às 18h. O comando de greve aprovou o retorno das aulas para a próxima segunda-feira, 19 de outubro, o que vai ser encaminhado à gestão da universidade.
Durante a votação na assembleia, o Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub) marcou presença com 129 votos pelo fim da greve. A Apub esperava uma votação unificada, segundo orientação do Comando Nacional de Greve (CNG), do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Entretanto, dos presentes, 30 defenderam a permanência da greve e outros três preferiram não voltar.
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Após o anúncio da decisão, a Apub informou que, para os professores, a manutenção da greve não garantiria o atendimento da reivindicação e prejudicaria os alunos e a produção docente. Ainda segundo a Apub, o governo federal não assinou até o momento o acordo feito com a categoria, o que era considerado critério para a interrupção do movimento.
Os professores pediram reajuste salarial de 27%, enquanto o governo federal ofereceu 21,3% em quatro anos e, em seguida, propôs 10,8% em dois anos – sendo 5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017. De acordo com a assessoria da Ufba, a decisão sobre a reposição dos dias perdidos será feita após reunião do Conselho de Ensino e Pesquisa para determinar um novo calendário acadêmico.
Servidores
Os servidores técnico-administrativos da UFBA decidiram retomar as atividades no dia 8 de outubro, após mais de seis meses de greve. O movimento foi iniciado no dia 28 de maio. A proposta do Governo Federal que foi aceita pelos servidores da UFBA foi de reajuste de quase 11% dividido em duas etapas. A principal reivindicação era um reajuste salarial de 27,3%. Com informações do Portal G1.