O vereador e líder da oposição na Câmara de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), repudia o novo caso de agressões e intimidações de guardas municipais contra trabalhadores de limpeza urbana, na madrugada desta quinta-feira (29). Para o edil petista, a guarda municipal está se excedendo e afirma que é preciso resolver a situação de imediato. “Estão virando membros de uma guarda de choque, um grupo especial. As pessoas já estão com medo de sair às ruas devido à atuação de determinados guardas, porque não são todos que assumem essa postura violenta. A prefeitura tem a obrigação de solucionar essa questão, já é o quarto caso desse tipo”. Suíca ainda informa que entrou em contato com a Superintendência de Segurança Urbana e Prevenção à Violência (Susprev) e foi informado que será instaurado um procedimento interno para apurar as denúncias de agressões.
Membro do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública da Bahia (Sindilimp-BA), o vereador relata que o mandato e a categoria, representada pelo sindicato e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA), apoiaram todas as manifestações dos guardas municipais quando protestavam por melhores salários e condições dignas de trabalho. “Não foi para isso que a Guarda Municipal de Salvador foi criada, deveria simbolizar a segurança pública da capital, a função dela é garantir o bem-estar dos cidadãos e a segurança patrimonial. Reafirmamos que todas as medidas serão tomadas pelas direções sindicais e pelo mandato para que tudo seja apurado e para que os agressores não fiquem impunes”.
Manifestação
As direções do Sindilimp-BA e da CUT-BA informam que farão uma manifestação nesta sexta-feira (30), às 8h, na sede da Guarda Municipal, na Fazenda Grande do Retiro. De acordo com a coordenadora geral do sindicato, Ana Angélica Rabello, toda a categoria está mobilizada. “Não é a primeira vez que atuam de forma truculenta com trabalhadores em limpeza. A categoria está mobilizada e deve paralisar a Estação de Transbordo em Canabrava, administrada pela concessionária Bahia Transferência e Tratamento de Resíduos [Battre]. São quatro pais de famílias, trabalhadores, tratados de forma que nem mesmo a marginalidade deve ser tratada. Não aceitaremos agressões e torturas psicológicas e físicas”, completa Ana.