Um ato em frente à governadoria do Estado, na capital baiana, nesta segunda-feira (30), levou a Polícia Militar a deter três pessoas do Levante Popular da Juventude de Salvador. O protesto era contra o genocídio da juventude negra no país. De acordo com o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), os jovens não infringiram a lei em nenhum momento. “É preciso que se deixe evidente que organizar atos contra as injustiças e desigualdades no Brasil e em Salvador não pode ser caso de polícia. Além do mais precisamos defender o direito à livre manifestação. O importante sempre é abrir o diálogo com as organizações e a sociedade civil, exatamente como o governo do estado e o governador Rui Costa têm feito na Bahia”, defende o petista.
Em nota emitida nesta segunda, a direção do Levante Popular aponta que somente em 2015 foram ao menos cinco chacinas no país. “As estatísticas de homicídio de jovens negros são alarmantes. O estado brasileiro tem conformação racista, construiu ao longo dos anos uma política excludente e genocida, que nega ao povo negro qualquer oportunidade de viver plenos direitos, encarcerando e exterminando a juventude negra”, aponta trecho da nota. O parlamentar Valmir Assunção diz que a luta pelo fim do genocídio do povo negro do Brasil toma os grandes centros urbanos. “O caso afeta diretamente os jovens e precisamos mudar essa realidade, o país precisa se desenvolver com os olhos voltados para o futuro”, finaliza.