O deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) confirmou nesta terça-feira (12) que foi sondado pela presidente Dilma Rousseff para assumir a Secretaria de Aviação Civil (SAC). Lopes disse que, há cerca de 15 dias, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, conversou com ele sobre o assunto. O parlamentar ressaltou, porém, que não foi feito um convite, e sim uma sondagem. Mauro Lopes se encontrou no fim da tarde desta terça-feira (12) com o vice-presidente Michel Temer, que é presidente nacional do PMDB, e disse que este deu aval para que ele assumisse o cargo. A SAC ficou sob o comando do peemedebista gaúcho Eliseu Padilha de 1º de janeiro de 2015 a primeiro de dezembro do mesmo ano.
“Eu não fui convidado. Eu fui sondado por pessoas da Presidência da República. Perguntei [ao Temer]. Ele falou: ‘Mauro, terá todo meu apoio’. Porque, realmente, ele é o vice-presidente da República, e sendo a vontade da presidente Dilma, ele apoia totalmente”, afirmou Lopes. Segundo o deputado, a intenção da presidente é colocar na SAC algum representante da bancada de Minas Gerais. “Nós somos sete deputados. Desses sete, pode sair um ministro”, antecipou Lopes. Ele disse que, apesar das divergências internas, o partido é aliado do PT e não vai deixar de apoiar o governo Dilma.
“O PMDB não sai do governo, eu posso adiantar. Porque nós temos responsabilidade com o país, porque nós trabalhamos ativamente na eleição da presidente Dilma. Minas Gerais derrotou Aécio [Neves, que ficou em segundo lugar na eleição presidencial], derrotamos Pimenta da Veiga [PSDB]e elegemos [Fernando] Pimentel em primeiro turno [para o governo do estado]. Então, a responsabilidade do PMDB com o governo é muito grande”, disse Mauro Lopes.
De acordo com Mauro Lopes, a escolha dele como deputado não influencia na disputa interna pela liderança da bancada do partido na Câmara. “Não interfere, porque essa vontade é da presidenta, que manifestou que gostaria de deixar essa secretaria com um deputado de Minas Gerais, então é uma vontade do governo. Não tem nada a ver com esse problema de disputa.”
O deputado explicou que, por esse motivo, e também por ser coordenador da bancada, não se posicionou no fim do ano passado, quando parlamentares destituíram por alguns dias o líder Leonardo Picciani (RJ) e o substituíram pelo mineiro Leonardo Quintão. Na terça-feira (12), os dois nomes foram confirmados para a eleição da liderança do partido, que ocorre em fevereiro. “Não apoiei nenhum dos dois candidatos [durante a troca em dezembro], eu fiquei neutro, porque eu sou coordenador da bancada. Então, não ficava bem para mim apoiar um ou outro. Não assinei lista, não apoiei”, acrescentou Lopes. Da Agência Brasil.