O Partido Social Liberal (PSL) se iguala ao Democratas e passará a ter a terceira maior bancada na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), após o ingresso do presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo, que arrastou com ele mais quatro parlamentares, além de um deputado licenciado. Nas eleições de 2014, o PSL emplacou apenas uma cadeira no Legislativo baiano. Além de Nelson Leal, eleito pelo partido, e Marcelo Nilo, que comandará a legenda no estado, passam a integrar a bancada os deputados estaduais Euclides Fernandes e Paulo Câmera, que também deixarão o PDT; Reinaldo Braga, que trocará o PR pelo PSL; e Jurandy Oliveira, que se desfilou do PRP. O deputado licenciado e atual secretário de Agricultura do Estado, Vitor Bonfim, também deixará o PDT e se filiará ao PSL, mas atualmente a sua cadeira está ocupada pelo suplente, o deputado Bira Corôa, que integra a bancada do PT.
Caso Bonfim retome o mandato, a bancada do PSL passa a ter sete deputados. Além de aumentar o número de cadeiras no parlamento baiano, a entrada de Nilo rende ao PSL duas secretarias de Estado e uma empresa pública: a Embasa. O atual chefe da Seagri, Vitor Bonfim, e o secretário da Administração Penitenciária e Ressocialização, Nestor Duarte, também acompanham Nilo em seu novo partido. O presidente da Empresa Baiana de Saneamento, Rogério Cedraz, teoricamente, foi uma indicação do presidente da Alba. Ontem, Marcelo Nilo reuniu a imprensa na sede do Legislativo baiano para oficializar o seu ingresso no PSL, após uma longa peregrinação na busca por um abrigo partidário.
O ex-pedetista chegou acompanhado de quatro dos seis deputados – Paulo Câmera não participou da coletiva. Marcelo Nilo afirmou que os cargos ocupados pela PDT serão reivindicados ao governador Rui Costa (PT) pela nova força governista. “Quem quiser fazer política comigo, não pode permanecer no PDT”, avisou. Neste caso, cargos ocupados nos segundo e terceiro escalões da administração estadual poderão sofrer alterações caso os ocupantes decidam não seguir Nilo. É o caso da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), comandada atualmente por Alexandre Brust. Em entrevista à Tribuna, Brust, um dos fundadores do PDT na Bahia, afirmou que permanece onde está e não teme deixar a direção do órgão.
“Quem ingressou [na pasta] foi eu quando estava na presidência do PDT, em 2009. O meu campo de atuação é de esquerda e estou muito contente com o governo Rui Costa”, disse Brust. Outro que detém indicações no governo é o deputado estadual Roberto Carlos, que também não deixará o PDT. O filho do parlamentar dirige o Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro). Outro nome que não aderiu ao projeto de Nilo é o atual diretor da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Oziel Oliveira. Ainda não há confirmação de sua saída ou não do PDT. Questionado pela reportagem, o secretário de Relações Institucionais do governo da Bahia, Josias Gomes, informou que ainda não tratou do assunto com ninguém. Matéria extraída do site da Tribuna da Bahia.