Contou com a mão de um parlamentar baiano, da oposição, a ajuda recebida pela família Lula da Silva para evitar a convocação esta semana de um dos seus rebentos, Luís Cláudio Lula da Silva, na CPI do CARF, que investiga o maior escândalo de sonegação fiscal do país. José Carlos Aleluia, do DEM, desistiu de convocar um dos Lulinhas sob o argumento prosaico de “não partidarizar” a comissão. Em contrapartida, o petista Arlindo Chinaglia blindou o empresário André Gerdau Johannpeter.
O relato é do jornalista Bernardo Mello Franco e foi publicado em forma de artigo hoje no jornal Folha de S. Paulo. Ele conta que o filho do ex-presidente Lula entrou na mira da PF porque recebeu R$ 2,4 milhões de um lobista acusado de comprar medidas provisórias. Já o herdeiro do empresário Jorge Gerdau, que preside o grupo da família, depôs à polícia em março, suspeito de pagar propina para evitar o pagamento de R$ 1,5 bilhão em impostos, afirma Bernardo Mello Franco.
Segundo o jornalista, as medidas seriam, claro, fruto de um acordão entre governo e a oposição para evitar constrangimentos aos dois alvos mais graúdos da Operação Zelotes. Assim, fica fácil entender porque Aleluia é vaiado quando posa de oposicionista em eventos pelo impeachment. E as CPIs se tornaram um dos instrumentos mais desmoralizados do Congresso. As informações são do Política Livre.