Depois que a oposição divulgou um levantamento em que diz ter 368 votos pró-impeachment, número suficiente para aprovar a admissibilidade do processo contra a presidente Dilma Rousseff (PT), a articulação política do Palácio do Planalto também trabalha com números que tendem a alcançar uma quantia que pode barrar o processo.
Como as abstenções podem favorecer o governo, o cálculo dos parlamentares governistas é de que os votos contrários e abstenções estarão entre 149 e 152 quando chegar a vez da Bahia entrar no processo de votação no esquema definido pela Mesa Diretora onde estados do Norte e do Sul se alternarão na exposição dos votos.
Nas contas do governo, a bancada baiana poderá ter até 24 deputados contrários ao impeachment. Somados os 152 com os 24, chegaria a 176, quatro a mais do mínimo necessário para barrar o processo. Assim, pela ordem alfabética, os votos decisivos serão de Ronaldo Carletto (PP), Valmir Assunção (PT) e Waldenor Pereira (PT), todos contrários ao impedimento de Dilma. As informações são do jornalista Luiz Fernando Lima, do Bocão News.