Segundo o jornal Folha de S. Paulo, entre as medidas que serão tomadas em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB), destacam-se as que estão sendo indicadas pelos empresários, que acham que o governo do peemedebista terá que acabar com a obrigatoriedade dos gastos fixos com saúde e educação, além de fazer reformas da previdência e das leis trabalhistas, sem falar na recriação da CPMF [Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira].
As reformas vistas como necessárias, envolvem medidas impopulares, que precisam ser aprovadas pelo Congresso. O problema é que boa parte delas enfrenta resistência entre os próprios aliados de Temer. “A sinalização é clara. Eles elegeram os trabalhadores para pagar o pato da crise e a fatura chegará nos próximos meses. Muitos que festejaram o impeachment, logo, logo sentirão o amargo gosto de seu ódio. Ódio pode destruir muita coisa, mas jamais ajudará a construir algo de bom”, informa Pedro Marques de Santana, mestre em economia pela Ufba, ao Jornal da Chapada.
Conforme o economista, um bom exemplo está nas providências para consertar as contas públicas. O governo da presidente Dilma tentou recriar a CPMF com o objetivo de aumentar a arrecadação de impostos e não obteve apoio do Congresso. Vale informar que um dos maiores opositores da recriação da CPMF foi o presidente da Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo], o empresário Paulo Skaf, que é também, afilhado político de Temer.
Jornal da Chapada