O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é celebrado nesta terça-feira (26) em todo o país como forma de chamar a atenção para as 9,4 milhões de mortes causadas pela doença em todo o mundo, segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde. No Brasil, a hipertensão arterial atinge 30% da população adulta, chegando a mais de 50% na terceira idade e está presente em 5% das crianças e adolescentes, de acordo com estimativas da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). Medidas como a adoção de uma dieta equilibrada e rica em frutas e vegetais, com baixo teor de sal e gordura, cuidados com a manutenção do peso, redução do estresse e prática regular de atividade física são ações que auxiliam na prevenção e tratamento da hipertensão.
De acordo com o cardiologista do Hapvida, Dr. Newton Rodrigues, a prática regular de atividade física, adequada, programada e realizada com disciplina, é útil tanto para pessoas saudáveis como, também, para os hipertensos, desde que estes apresentem níveis de pressão arterial dentro da faixa de normalidade. “O exercício contribui para a manutenção do peso adequado ou para sua redução nos que apresentam sobrepeso; ajuda no controle da ansiedade ao aumentar a produção de serotonina, hormônio que age como ansiolítico e antidepressivo, além de contribuir ainda, na melhora das condições cardiocirculatórias, ajudando a prevenir doenças do coração”, enumera o cardiologista.
Exceto em pacientes hipertensos que apresentem outras co-morbidades, do tipo obesidade mórbida, grau avançado de insuficiência cardíaca, arritmias não tratadas ou mesmo hipertensão severa sem o adequado controle, qualquer pessoa com hipertensão pode praticar atividade física, segundo explica o Dr. Newton Rodrigues. Mas, é importante, também, lembrar que para que traga os benefícios esperados a prática de atividades deve ser sempre acompanhada de um profissional de educação física, ressalta o educador físico Igor Castro, coordenador geral da Rede de Academias Alpha Fitness.
Segundo o professor, em alunos com diagnóstico de hipertensão o mais indicado é que sejam trabalhados exercícios aeróbicos, como caminhadas, bike, esteira, natação e corridas e anaeróbicos, como a musculação. “Já para as pessoas idosas é recomendado que sejam feitas atividades de baixo impacto, a exemplo da hidroginástica, caminhada e bicicleta ergométrica”, orienta.
Além dos cuidados na prescrição dos exercícios adequados à especificidade do aluno, também é essencial que o profissional de educação física o acompanhe durante toda a prática até o final da atividade. “É importante estar atento a qualquer sinal de anormalidade. O exercício deve ser parado e o aluno encaminhado para casa e/ou médico, se apresentar alteração na pressão, estiver suando frio, sentindo dores na nuca, formigamentos na mão ou no braço ou cansando em demasia”, alerta Igor Castro.
Importante ainda salientar que a hipertensão na maioria das pessoas costuma ser assintomática, por isso é chamada de “assassina silenciosa”. No entanto, alguns pacientes se queixam de dor de cabeça ou dor na nuca. “Não espere por sintomas, faça sua avaliação periodicamente e peça ao seu médico que afira sua pressão arterial”, recomenda o cardiologista.
Fatores de risco:
· Hereditariedade – filhos de hipertensos têm uma tendência maior a serem hipertensos.
· Idade – em geral a hipertensão se manifesta na meia idade, e no sexo feminino após a menopausa. Importante lembrar que crianças, jovens e idosos também podem manifestar o início da hipertensão.
· Sobrepeso – o peso é de grande importância para o surgimento da hipertensão, quanto mais peso pior.
· Estresse