Mais de 103 famílias sem-terra ocuparam no dia 21 de maio a fazenda Lagoa das Tábuas, de 3 mil hectares, localizada no município de Iramaia, na Chapada Diamantina. De acordo com informações, o local não tem nenhum tipo de produção e com apenas um trabalhador gerenciando a área. Os sem-terra afirmam que o latifúndio é improdutivo e precisa ser desapropriado para fins de reforma agrária.
“Encontramos uma estrutura de sede sem cuidados e os pastos, aonde provavelmente existiam gados, estavam cheios de mato. A fazenda está abandonada, sem cumprir sua função social, por isso precisa ser desapropriada, já que temos um número grande de famílias que precisam trabalhar na terra para tirar o seu sustento”, afirmou a direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na região.
Assim que chegaram na área, as famílias começaram a montar um acampamento estendendo a lona preta sobre o latifúndio e reivindicando o avanço da pauta da Reforma Agrária no estado. Até o momento, o latifundiário não se manifestou e os trabalhadores sem-terra continuam na área resistindo.
Retomada
Segundo o MST no estado, a ação retoma as lutas contra o golpe e defende a reforma agrária, que são bandeiras de lutas também pautadas pela Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo. As frentes são formadas por diversas organizações e movimentos populares, que repudiam o governo ilegítimo do presidente interino Michel Temer (PMDB).
O MST junto aos movimentos destaca que jamais irá reconhecer o governo golpista de Temer. “Repudiamos o atentado aos direitos historicamente conquistados da classe trabalhadora e o retrocesso nas políticas sociais que está em curso no Brasil”, afirma a direção do Movimento. As informações são do Coletivo de Comunicação do MST na Bahia.