O prédio onde funciona o Ministério da Saúde em Salvador foi ocupado permanentemente por manifestantes nesta segunda-feira (30). A ação é um protesto contra as mudanças previstas pelo novo titular da pasta, Ricardo Barros (PP-PR), como a redução de direitos do Sistema Único de Saúde, e outras pautas debatidas pelo governo interino de Michel Temer (PMDB). O vereador da capital baiana, Luiz Carlos Suíca (PT), se solidariza com os manifestantes e critica as medidas anunciadas pelo que caracterizou de ‘governo golpista’.
“Um governo ilegítimo como o governo Temer vai enfrentar uma série de revoltas populares, até porque o programa de gestão é carregado de reformas impopulares. A ocupação em Salvador surge para cobrar ampliação do SUS, e contra a restrição que é o que os golpistas estão propondo, inclusive sugerindo o fim da Samu. É condenável e ridículo o que estão tentando fazer com a saúde no país. Não pode acabar com a saúde pública, onde a população pobre vai recorrer”, pontua indignado o edil petista.
Suíca é solidário ao movimento de ocupação em Salvador e acredita que essas reivindicações sejam mais um passo para colocar o povo nas ruas, como aconteceu com o fim do Ministério da Cultura. “Se o governo ilegítimo, que não é reconhecido por grande parte da população, continuar a propor reformas impopulares – isso será o que vai acontecer mais e mais com ocupações e movimentos sociais nas ruas”.
O vereador ainda fez uma leitura política sobre as reduções de direitos do SUS e acredita que tenha ligação com o fato do ministro Ricardo Barros ser apoiado por planos de saúde. “O novo ministro teve seu financiamento de campanha de deputado federal totalmente ligado aos planos de saúde, e já defendeu a privatização da saúde no país. Ou seja, quem é pobre vai ter de se humilhar para conseguir uma cirurgia aos políticos como ele, caso isso aconteça”, completa.