Trabalhadores do Hospital Padre Aldo Coppola, localizado no município de Ibitiara, na Chapada Diamantina, procuraram o Jornal da Chapada para denunciar o que eles chamaram de coação por parte da diretoria da instituição. Eles reclamaram de atraso nos 13º salários de 2015, que estariam sendo obrigados a assinarem contracheques sem data, recebendo o valor abaixo do descrito no documento, o não pagamento de férias, além de alegarem estar havendo investimentos em segurança e decoração mesmo com essas situações acontecendo.
De acordo com o diretor geral do hospital, o padre Nicivaldo de Oliveira Evangelista, em contato com o Jornal da Chapada, o atraso no 13º salário ocorreu, pois eles foram informados que o Estado, que subsidia o hospital, não paga o décimo terceiro para as instituições filantrópicas e que ainda esta semana o pagamento seria providenciado.
Quanto a assinatura dos contracheques sem datas especificadas, Oliveira relatou que por conta dos atrasos do recurso do Estado, a própria contabilidade é que orienta as datas. “Como instituição, seguimos as orientações dadas pela nossa contabilidade”, disse. Em relação ao valor menor recebido pelos funcionários o diretor credita também a cortes das verbas pela Secretaria Estadual de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). “Em nenhum momento foi dito que os funcionários fossem obrigados a assinar o contracheque e muito menos em tom ameaçador, falando de suspensão ou demissão”, afirmou Evangelista.
Além disso, as férias teriam sido depositadas junto com os salários e que os investimentos foram feitos para ter “uma estrutura básica para funcionamento e segurança da unidade hospitalar”, como é o caso de armários para o posto de enfermagem, o que teria sido feito mesmo diante as dificuldades financeiras do hospital.
Por Adalício Neto | Jornal da Chapada