A votação do Plano Municipal de Educação, que aprovou a peça sob protestos na Câmara de Vereadores de Salvador, foi alvo de duras críticas pelo vereador Luiz Carlos Suíca (PT). Esse plano vai pensar o setor para os próximos dois anos na capital baiana. Nesta quarta-feira (15), o edil petista declarou que a aprovação foi tumultuada e acredita que “precisa haver mais tolerância para lidar com os manifestantes na Casa Legislativa”. De acordo com Suíca, “muitas cenas vistas na sessão de votação do plano, na última terça, são inadequadas ao parlamento e à democracia”. Ele também condena as agressões a militantes e comunicólogos, assim como entende que toda manifestação deve ser “pacífica e não deve desrespeitar ninguém”.
Sobre o projeto aprovado, Suíca comenta que “faltou maior participação popular durante a tramitação do plano na Casa. Também questionamos a não inclusão da discussão de gênero entre professores e estudantes, o que não contribui para a redução da violência e estupros contra mulheres e LGBTs”. Por outro lado, o vereador pondera e aponta para “as seis emendas feitas a este projeto e afirma que quatro foram acatadas.
“Conseguimos assim barrar o artigo 9º, que possibilitaria uma terceirização na rede municipal de educação por meio da reorganização de sua estrutura, o que seria extremamente danoso para a educação pública da cidade”, completa. Suíca também ressaltou a inclusão de pautas como a educação ambiental, a redução de danos do uso de álcool e outras drogas, a tolerância religiosa e a valorização das comunidades negras no novo plano, medidas conquistadas por meio da aprovação das emendas de sua autoria.