No exercício do quinto mandato consecutivo de presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) – fato histórico na política nacional -, o deputado estadual Marcelo Nilo (PSL) não descarta a possibilidade de se candidatar ao sexto. Embora tente passar ideia de que não está interessado no assunto, ele dá pistas de que deve entrar na disputa que acontecerá em janeiro de 2017. “Está muito cedo para pensar em eleição na Assembleia. Só pensarei nisso a partir de janeiro. Não estou pensando nisso agora. Vamos primeiro pensar nas eleições municipais. Essa é a pauta atual”, disse Nilo em entrevista à Tribuna.
Apesar da cautela, o próprio Marcelo Nilo dá um bom argumento como incentivo para se candidatar mais uma vez à presidência do parlamento: sua pretensão de ocupar a vaga de candidato a senador na chapa majoritária que possivelmente será encabeçada pelo governador Rui Costa em 2018. “Se eu estiver como presidente da Assembleia, isso vai me facilitar pleitear a vaga de senador”, afirmou o deputado.Por enquanto o assunto ainda é tratado com pouca prioridade pelos deputados. Ouvido pela Tribuna, o líder da bancada do governo, deputado Zé Neto, do PT, também afirmou que os parlamentares estão com a cabeça voltada para as eleições municipais, além, claro, do exercício do mandato.
“Nem todo assunto precisa ser discutido de imediato. Esse assunto ainda não precisa ser tratado. Acho muito cedo falar em articulação para presidência da Assembleia. Agora, claro que Marcelo tem direito de se candidatar, se ele realmente tiver essa vontade. Tenho um relacionamento muito bom com ele, e quero que as coisas aconteçam, e têm acontecido. Aprovamos neste ano projetos importantíssimos do Executivo de interesse comum dos baianos”.Zé Neto reitera que sua prioridade é a pré-candidatura pela prefeitura de Feira de Santana.
“Essa discussão de presidência da Assembleia é estéril nesse momento. Estamos a seis meses dessa pauta ainda. Meu foco hoje é Feira de Santana”. A reportagem tentou ouvir o líder da minoria, deputado Sandro Régis (DEM), mas ele não atendeu às ligações até o fechamento desta edição. Na última eleição para a presidência do parlamento, houve resistência de partidos aliados da base do governo pela candidatura de Marcelo Nilo, inclusive o próprio PT. Extraído da Tribuna da Bahia.