As ruas e casarões do Pelourinho, em Salvador, servirão de locação, mais uma vez, para a interpretação em cinema da obra “Dona Flor e seus dois maridos”, baseado no livro do baiano Jorge Amado. Até a próxima segunda-feira (18), o Centro Histórico da capital recebe atores, técnicos, cenógrafos, figurinistas, assistentes e outros integrantes da equipe do longa-metragem. A direção é de Pedro Vasconcellos, tendo Marcelo Faria (Vadinho), Juliana Paes (Dona Flor) e Leandro Hassum (Teodoro), e grande elenco. A maior parte das cenas externas está sendo filmada nas ruas e casarões do Pelourinho e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), colabora com a iniciativa com algumas dessas casas.
São três casarões sob responsabilidade do Ipac cedidos por empréstimo para terem suas fachadas como cenário para diversas cenas, que se passam na década de 1940. Tratam-se da antiga Estação Pelô (Rua Maciel de Baixo), cuja fachada será a farmácia do Doutor Teodoro; o Lions Clube (Rua Santa Isabel), utilizado como a casa de Dona Rosilda (mãe de Dona Flor) e a Casa nº. 42 (Rua das Laranjeiras), com a fachada sendo a casa de Dona Flor. O Ipac é vinculado à Secretaria Estadual de Cultura (SecultBA).
A história conta a vida de uma professora de culinária soteropolitana que se sente dividida entre dois amores. “Estou muito feliz com as gravações acontecendo aqui. Escolhi esse lugar porque gosto do clima que o Pelourinho tem”, afirma Pedro Vasconcellos. Em maio, Marcelo Faria, que também produz o longa, esteve com equipe do Ipac escolhendo algumas casas.
“O filme deve ir para vários festivais nacionais e internacionais, e esperamos uma longa trajetória, o que pode divulgar mais uma vez a Bahia, Salvador e o seu Centro Histórico”, afirma Marcelo Faria. A produtora de cinema Reginaldo Farias Produções Artísticas em parceria com a República Pureza estão à frente do projeto, que terá parte das cenas gravadas também no Rio de Janeiro. Para a assistente de produção, Cláudia Reis, “as gravações demandam muito trabalho, mas estamos contando com a colaboração e a boa vontade dos comerciantes, que têm nos ajudado bastante”, revela.
O diretor geral do IPAC destaca a parceria. “Precisamos estimular as produções locais, nacionais e internacionais que desejem ter um acervo arquitetônico da envergadura do Centro Histórico de Salvador como cenário de filmes; isso divulga a Bahia e sua capital e até pode trazer um incremento local”, comenta João Carlos de Oliveira. Além da contratação de assistentes locais, a produção do Dona Flor contratou figurantes baianos para várias cenas. A previsão é que o filme seja lançado ainda no primeiro semestre de 2017. Jornal da Chapada com informações do Ipac.