As declarações do meia Feijão, jogador do Esporte Clube Bahia (ECB), deixaram o vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), indignado. Durante coletiva essa semana, Feijão respondeu, de forma preconceituosa contra os garis e cobradores de transporte coletivo, as questões sobre as cobranças que a torcida tem feito pedindo resultados. “Se não tiver cobrança dentro do futebol, vá ser gari, vá ser cobrador”, disse o meia. Para Suíca, a questão é grave e mostra que o preconceito vem de onde se menos espera.
“Sou torcedor do Bahia e não concordo com essa declaração. Feijão acha que os garis e os cobradores também não são cobrados pela sociedade? São cobrados e muito, os garis cuidam da limpeza da cidade, contribuem para a saúde das pessoas. O elenco do clube tem que ser cobrado mesmo, afinal, ganham salários altos para apenas jogar e, mesmo assim, não conseguem dar vitórias para sua torcida”, pontua. O edil petista ainda critica a postura da atual direção do Bahia, e lembra que não votou na chapa vencedora na eleição para presidente do clube.
“Acredito que estão desorientados. Isso é passado para os jogadores em campo”, salienta. Suíca também provoca o jogador do Bahia dizendo que ele aprendeu a fazer o “feijão com arroz” e fica “enganando no meio de campo”, recebendo a bola e tocando de um lado para o outro. “Feijão não passaria nos testes para gari nem para cobrador. Gari não tem padrinho. Tem uma jornada de trabalho para gerar saúde para a população, garis são profissionais qualificados para exercer suas funções. Lamento que o Bahia tenha de passar por essa crise mais uma vez”, completa.