A Lei 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), completou 16 anos na última segunda-feira (18). Aproveitando o simbolismo da data, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) conectou a sede, em Brasília, e coordenações regionais (CRs) em todo o país por meio de videoconferência para lançar o seu novo programa de voluntariado.
Uma das principais novidades do programa é que, a partir de agora, os voluntários, além de prestarem serviços nas unidades de conservação e centros especializados, poderão atuar nas coordenações regionais nos estados e na sede do ICMBio, em Brasília. Clique aqui para ter acesso à íntegra e aos anexos da Instrução Normativa (IN) que regula o novo programa de voluntariado.
De acordo com o coordenador-geral de Gestão Socioambiental, Paulo Russo, a nova versão do programa de voluntariado contemplará as seguintes linhas temáticas: manejo para conservação; gestão socioambiental; pesquisa e monitoramento; consolidação territorial; uso público e negócios; proteção ambiental; produção e uso sustentável; além dos departamentos administrativos e de comunicação. “Temos que aprender com a nossa própria história, com o que já vem sendo feito. Existem muitas UCs que já desenvolvem atividades de voluntariado há anos. Então, a ideia é internalizar essa experiência e esse conhecimento na instituição”, argumentou o coordenador.
O evento contou também com a presença do presidente o Instituto, Rômulo Mello, do diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em Unidades de Conservação (UCs), Cláudio Maretti, além de servidores do ICMBio envolvidos com o programa, coordenadores regionais e representantes de instituições parceiras – Fabiana Prado, do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), e Mário Barroso, da WWF-Brasil.
Oficializada em maio
Oficializado por meio da IN nº 3, publicada em maio deste ano, o Programa de Voluntariado do ICMBio tem o objetivo de aproximar a sociedade da gestão das áreas protegidas, administradas pelo Instituto, aprofundando a noção de pertencimento e multiplicando o conhecimento a respeito da importância da conservação da biodiversidade. “Quem conhece, conserva. Nesse sentido, é fundamental ter a sociedade como parceira e o voluntariado possibilita essa aproximação, essa parceria”, ressaltou Rômulo Mello.
O novo programa veio para aprimorar e estruturar o que já vem sendo realizado em termos de trabalho voluntário no âmbito do ICMBio, substituindo a Instrução Normativa nº 3, de 2009. “O desenho do programa é descentralizado, recepcionando os modelos desenvolvidos até aqui”, completou o presidente do Instituto.
Potencial
Segundo a analista ambiental Virgínia Talbot, existe um enorme potencial para o trabalho voluntário no ICMBio. De 2009 até agora, mais de 5 mil voluntários já passaram pelo Instituto. “A procura é muito grande. O que nós faremos agora é estruturar a atividade e apoiar os gestores para que eles possam recepcionar esse público voluntário”, diz ela.
Ainda segundo a analista, o grande salto qualitativo do novo programa de voluntariado é o fato de que haverá na Coordenação Geral de Gestão Socioambiental uma equipe para cuidar especificamente desse tema. “A dinâmica anterior era mais passiva, dependia das demandas que chegavam das unidades. A partir de agora, com a nova Instrução Normativa, a postura do órgão será ativa e propositiva”, completou Virgínia. As informações são do ICMBio.