O médico e escritor chapadeiro Afrânio Peixoto será o grande homenageado na primeira edição da Feira Literária de Mucugê (Fligê), que acontece entre os dias 11 e 14 de agosto, na Chapada Diamantina. A vida e trajetória do autor serão relembradas durante a Fligê, em uma exposição sob a direção do artista Vinícius Gil. Além disso, uma mesa redonda intitulada “Afrânio Peixoto, construtor de personagens femininos” integra a programação.
A Fligê tem o objetivo de inserir Mucugê no circuito de feiras e festas literárias realizadas na Bahia e no Brasil, e vai ocupar diversos espaços da cidade, com acesso gratuito para toda comunidade interessada. O evento vai contar ainda com conferências, lançamentos, leituras guiadas, contação de histórias, oficinas, estandes, homenagens e apresentações artísticas, facilitadas por autores convidados dos mais variados horizontes literários e autores da nova geração que se dedicam à criação literária em diferentes linguagens.
Nomes como o escritor, deputado e jornalista Jean Wyllys e o poeta e músico José Carlos Capinam, já foram confirmados. A programação completa será divulgada em breve. A Fligê é uma realização do Coletivo Lavra, em parceria com a prefeitura de Mucugê e o Instituto Incluso, com apoio financeiro da Secretaria da Fazenda e da Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia.
Sobre Afrânio Peixoto
Nascido em Lençóis, na Chapada Diamantina, em 1876, Afrânio Peixoto se dedicou a narrar histórias da região. Autor de diversos romances de sucesso no início do século XX, como “Maria Bonita”, “Fruto do Mato” e “Bugrinha”, trilogia que compõe a série sertaneja na qual o autor revive os momentos da infância passados na cidade de Lençóis, Peixoto ocupou a cadeira do escritor Euclides da Cunha na Academia Brasileira de Letras.
Seus livros chegaram a circular pelo exterior, em cidades como Leipzig e Paris, na França. Além de ter detalhado a geografia da Bahia, Afrânio Peixoto criou retratos das mulheres da Chapada Diamantina nestes romances. Um exemplo é o bem conhecido infortúnio do Pai Inácio, cuja história de desencontro amoroso deu nome a um dos principais pontos turísticos da região: o Morro do Pai Inácio. Jornal da Chapada com informações da Assessoria da Fligê.