O Senado Federal começou, nesta quinta-feira (25), o julgamento final do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT) e uma das principais testemunhas, o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo de Oliveira, está sendo ouvido apenas como informante – por ter instigado e participado de manifestação “Vem pra Rampa”, pedindo a rejeição das contas da Chefe do Executivo. Quem comentou o assunto foi o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), que entre uma agenda e outra, assiste trechos do julgamento. Para o parlamentar, a questão é complexa, mas o advogado Eduardo Cardozo conseguiu, com argumento, convencer o presidente Ricardo Lewandowski a dispensá-lo.
“Se os senadores aceitarem o afastamento definitivo de Dilma, mesmo ela não cometendo crime algum de responsabilidade, como acusam a imprensa internacional, artistas, intelectuais, juristas, historiadores e movimentos sociais, o voto em nosso país será apenas de enfeite. Se passar, as eleições não vão valer mais nada, o que vai valer serão apenas os acordos do Parlamento, carregados de chantagem e troca de favores”, pontua Valmir. Ainda conforme Assunção, nenhum governo eleito democraticamente terá segurança para governar, terá sempre de se render à chantagem política e à corrupção, com a participação ativa do Congresso Nacional e das grandes oligarquias do Brasil.