“A reforma agrária está paralisada no Brasil. O Tribunal de Contas da União [TCU] fez um acórdão que paralisou todas as atividades dos assentamentos. O assentado não pode pegar um crédito, processo de desapropriação está parado, nem assistência técnica tem. E é preciso que os movimentos sociais que lutam pela reforma agrária possam ir para as ruas pressionar o governo”. Essa declaração é do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), que nesta quinta-feira (1º) protesta contra o não andamento das ações de reforma agrária no país no governo do presidente Michel Temer (PMDB).
De acordo com Valmir, “é preciso lutar, porque os movimentos precisam ser respeitados no Brasil”. Assunção diz que são os trabalhadores rurais quem produzem os alimentos para o povo brasileiro. “É inaceitável paralisar a reforma agrária, é inaceitável perseguir os assentamentos e acampamentos de reforma agrária. Por isso, é fundamental, neste próximo período, a luta pelo poder e fazer com que a reforma agrária volte a cumprir o seu papel importante de desenvolvimento neste país, produzindo alimentos”.
O parlamentar baiano, membro do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), salienta ainda que o fim do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) trouxe a estagnação das atividades na zona rural. “O presidente golpista Michel Temer acabou com o MDA, com os recursos dentro do Incra, não tem recursos, acabou com a assistência técnica, e o Tribunal de Contas ainda ajudou a viabilizar essas políticas de paralisação da reforma agrária, por isso, precisamos lutar e enfrentar esse debate nas ruas”.