Os bens culturais edificados e protegidos oficialmente através do tombamento na Bahia já podem ser acessados pelo aplicativo Google Maps. A ação facilita a busca imediata de endereços e mapas com exatidão real, aprimorando o monitoramento desses imóveis, privados e públicos. A versão para telefone móvel Android também está disponível e de forma prática para acesso via celular. A precisão do sistema faz com que o internauta navegue com todos os dados disponíveis sobre esses patrimônios tombados pelos governos estadual e federal, de qualquer lugar do mundo, desde que com acesso à internet.
O trabalho está em desenvolvimento, com cerca de 90% concluído, e abrange todo o estado da Bahia. Foram incluídos bens tombados pelo IPAC e Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) do Ministério da Cultura (MinC). Os dados foram classificados em conjuntos tombados e bens tombados isoladamente. Esses últimos, divididos em arquitetura civil, religiosa, fortes, terreiros e fontes. A iniciativa é do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), órgão da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA).
“Juntamente com o geoprocessamento que estamos fazendo com a Conder, a ação do aplicativo de imóveis protegidos no Google Maps é inédita na área do patrimônio cultural da Bahia. Com essa ferramenta, a gestão contemporânea sem precedentes com base em tecnologia de ponta para os bens edificados e as áreas oficialmente protegidas nos centros urbanos baianos”, afirma o diretor geral do IPAC, João Carlos de Oliveira. Ele explica que o aplicativo mostrará a descrição do local, o livro de tombo, situação e ambiência, dados tipológicos, cronológicos e técnicos. “Através do aplicativo, é possível traçar rotas, visualizar cidades e até utilizar um navegador GPS”, ressalta o diretor. Confira parte do trabalho do IPAC aqui.
Soluções
A aplicabilidade do trabalho do IPAC traz até informações de quem o ocupa, e se for concessionário de um imóvel público, por exemplo. Também mostra quando foi feita a última vistoria na edificação, se foram feitas intervenções irregulares, dentre outros dados. “Com isso podemos tomar decisões fundamentadas e providenciar soluções para problemas. Podemos ainda acompanhar transformações urbanas, orientar o crescimento, normatizar as intervenções e autuar as irregularidades”, diz o diretor de Projetos, Obras e Restauro (Dipro) do IPAC, Felipe Musse. Para o assessor da Dipro/IPAC, Yan Cafezeiro, o monitoramento por georreferenciamento é fundamental.
“Melhora a gestão ao nos possibilitar saber rapidamente, por meio do aplicativo do Google Maps, as necessidades do imóvel, sua localização e até mesmo quais medidas e recursos a adotar para a conservação do patrimônio tombado e imobiliário. É uma ferramenta prática e ágil, por isso pretendemos utilizá-la cada vez mais”, afirma o técnico do IPAC. O georreferenciamento é o passo inicial do trabalho, pois define o desenho e referenciamento geográfico real dos imóveis no mapa. “O passo seguinte, que também já iniciamos, é o do geoprocessamento, que é a vinculação de dados e informações diversas aos desenhos feitos nos mapas”, completa o diretor Felipe Musse.