O desfile do Grito dos Excluídos, neste 7 de Setembro, foi a retomada da luta pela democracia, após o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deposta por 61 senadores mesmo sem prova de crime de responsabilidade. Nesta quarta-feira (7), com as homenagens à Independência do Brasil, políticos e militantes de esquerda se uniram para reconduzir o desfile na luta pelo retorno da democracia, considerando o golpe político engendrado do parlamento brasileiro.
“Infelizmente nós voltamos a ter, no Brasil, um Grito dos Excluídos longe da normalidade democrática, com seu processo democrático fraturado, alijado, interrompido, mas que será marca da resistência dos movimentos que irá derrubar o governo golpista de Michel Temer [PMDB]. Não podemos concordar com um processo ilegítimo e que excluiu o valor do voto popular, precisamos de uma nova independência”, salienta Valmir.
Para o parlamentar, os movimentos sociais, populares e sindicais devem intensificar as ações na Bahia, principalmente em Salvador, “onde políticos estão lutando para não serem chamados de golpistas”. “Não tem jeito, pode entrar na justiça e espernear à vontade, porque a alcunha de golpista nunca sairá do seu perfil político. Estão financiando a perda dos direitos trabalhistas, são usurpadores e interventores também”, completa Assunção.