A fim de fortalecer e promover novas ações de combate aos incêndios florestais, a edição deste ano do Programa Bahia Sem Fogo será lançada, em Lençóis, na Chapada Diamantina, nesta quinta-feira (13), dia em que começa o 18º Festival de Lençóis. No mesmo dia, será lançado, na Câmara de Vereadores do município, o livro ‘Unidades de Conservação da Bahia’. A obra organizada pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado (Sema) e pelo Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) reúne 14 Unidades de Conservação da Bahia, por meio do olhar dos fotógrafos Rui Rezende e Sérgio Cedraz.
Durante toda a programação do festival, que prossegue até domingo (16), várias ações serão realizadas pelo Governo do Estado no município. Na ocasião, o secretário estadual do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, anuncia o patrulhamento aéreo de focos de incêndios (helicópteros e aviões) na região da Chapada Diamantina e fará a entrega de 400 kits de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para as brigadas treinadas pela Sema e Inema que atuam no combate aos incêndios. Parte desse material inclui luvas, máscaras, foice, abafadores, mochilas costais, facões, foices, pás, enxadas e fardamento.
Para Spengler, o festival é uma forma de valorizar a cultura local, mas este ano, em especial, pretende intensificar ainda mais as ações efetivas de combate ao fogo, com oficinas de educação ambiental realizadas em toda Chapada Diamantina. Por meio de visitas às comunidades, representantes da Sema, do Inema, em parceria com a Secretaria de Educação do Estado e o Corpo de Bombeiros, orientam professores, agricultores, estudantes e demais cidadãos.Ainda como parte das ações do Bahia Sem Fogo, 30 homens do Corpo de Bombeiros de diversas cidades fizeram o Curso de Prevenção e Combate a Incêndio Florestal, realizado entre 25 de setembro e 9 de outubro, em Lençóis. Até o final do ano, uma nova turma com mais 30 bombeiros deve participar do curso.
Anualmente, ocorrem incêndios florestais em biomas do estado da Bahia, mais especificamente nas regiões oeste e Chapada Diamantina, devido à baixa umidade durante o período de estiagem. “A cada ano, o programa Bahia sem Fogo vem se aperfeiçoando, com o intuito de garantir a efetividade das ações preventivas e de combate aos incêndios florestais. Todo este trabalho é feito em conjunto, com parcerias firmadas entre o Estado e, principalmente, a população”, destacou o secretário Eugênio Spengler.
Lançamento do Livro
A publicação conta com textos que apresentam cada Unidade de Conservação (UC) em português, inglês e espanhol. O principal objetivo é trazer os encantos e curiosidades coletadas em cada UC. A obra de grande relevância para a área ambiental na Bahia é importante não somente para os ambientalistas, historiadores e comunicadores, mas para todos os cidadãos.
A elaboração do texto expressou um olhar regional, com trechos em cordel, onde apresenta cada lugar que foi fotografado, juntamente com as imagens de cada espécie de animais e plantas catalogadas. O livro mostra que a Bahia possui muitas riquezas naturais e uma vasta área para se praticar o turismo, aliado à sustentabilidade ambiental e a preservação dos recursos naturais.
Oficinas de Educação Ambiental
Com o objetivo de proporcionar o conhecimento e estimular atitudes sustentáveis e educativas para a prevenção e combate aos incêndios florestais no território da Chapada Diamantina, o programa realiza oficinas de educação ambiental, por meio de encontros e discussões temáticas, rodas de conversa, entrega de materiais socioeducativos e intercâmbio de experiências socioambientais para formar multiplicadores dessas ações. Já foram realizadas oficinas nos municípios de Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Mucugê, Ibicoara, Iraquara, Seabra, Barra da Estiva e Rio de Contas. As ações de educação ambiental têm continuidade até o mês de dezembro deste ano.
A missão da Educação Ambiental é promover sempre esses espaços de debate e de formação, onde cada participante pode expressar as problemáticas e experiências vividas em suas comunidades. Com esse trabalho, espera-se que o tema seja disseminado em outros espaços e públicos, sensibilizando sobre a necessidade de adotar práticas que evitem os incêndios e preservem a biodiversidade.