O assassinato do estudante Guilherme Silva Neto (20), pelo seu próprio pai, após uma briga que tiveram, motivada pela reintegração de posse de uma unidade ocupada por estudantes contra medidas adotadas pelo governo de Michel Temer, assustou a população brasileira. Esse caso chamou a atenção de políticos como o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), que considerou o ato como mais um no processo conservador e violento em andamento contra a juventude do país.
“Precisamos lutar contra a intolerância política, contra essa onda conservadora e violenta que assola nossa sociedade. Essa intolerância criminaliza pensamentos, opiniões e põe em xeque a liberdade de expressão. Lamentável o que aconteceu com Guilherme, espero que saibamos interpretar o que está acontecendo com o país para podermos seguir em frente. Com opiniões divergentes a gente deve sempre dialogar e debater. Matar uma pessoa por ela ter envolvimento com movimentos sociais é um absurdo sem precedentes. O fato de envolver pai e filho só deixa nítido os níveis absurdos que essa onda de intolerância chegou”, salienta Assunção.
Conforme informações da Polícia Civil de Goiânia, onde o crime aconteceu, na última terça-feira (15), o pai de Guilherme chegou a perseguir o filho por um quarteirão antes de o assassinar. O engenheiro civil Alexandre José da Silva Neto, de 60 anos, cometeu suicídio após o ato criminoso. Ele já havia baleado o jovem, que, inicialmente, conseguiu fugir, mas foi alcançado pelo pai de carro.