A bancada de oposição mostrou-se insatisfeita com a queda da sessão plenária desta terça-feira (22), por falta de quórum. A maioria dos parlamentares da base governista não compareceu ou se ausentou impossibilitando o avanço dos debates levantados pelos oposicionistas. “Essa Casa tem que funcionar, os projetos devem ser estudados, examinados, debatidos e a sociedade baiana, que dá duro e trabalha todos os dias, não merece esse desrespeito”, bradou o deputado Targino Machado (PPS), um dos mais indignados com a derrubada da sessão.
“O governo só quer saber de aprovar a toque de caixa e sem discussão os projetos de seu interesse, encaminhados a esta Casa sempre em regime de urgência”, criticou o tucano Adolfo Viana. Targino Machado chegou a ironizar que se a Assembleia Legislativa fechasse as portas ninguém notaria ou sentiria falta.
“Os partido do governo, o PT, e os que lhe apoiam, fogem da raia e uma raia cara que custa mais de meio bilhão pago pelo contribuinte”, enfatizou o parlamentar, acreditando que um dos debates que fez com que os governistas sumissem do plenário foi justamente o da nomeação do ex-governador Jaques Wagner para a coordenação executiva de Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia (Codes).
“Fugiram para evitar o debate sobre as mazelas dos poderes e para não dar as devidas explicações sobre a nomeação de um ex-ministro denunciado por malfeitos”, criticou Targino, apostando que a intenção do governador Rui Costa é abrir um “guarda-chuva” para proteger Jaques Wagner das investigações comandadas pela Operação Lava Jato.