Um dos mais antigos partidos em atividade no Brasil, o Partido Trabalhista Nacional (PTN) vai fazer uma mudança radical no seu nome. A legenda passará a se chamar ‘Podemos’. De acordo com a presidente da legenda, deputada federal Renata Abreu, o novo nome foi inspirado no slogan da campanha de Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos em 2008: ‘Yes, we can’, que em português significa ‘sim, nós podemos’.
Mas a tradição do PTN não se traduz em força nos dias de hoje. Atualmente a legenda tem apenas 13 representantes na Câmara dos Deputados. Na Bahia, por exemplo, o partido deve ficar com um deputado apenas na Assembleia Legislativa. Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, o deputado Alex Lima confirmou que está pensando seriamente em deixar a legenda.
“Já há algum tempo reclamo da falta de diálogo do partido, onde posições individualistas prevalecem sobre a coletividade, o que vem trazendo perdas para o partido. Tínhamos seis vereadores na capital, reduzimos para três. Tínhamos três deputados estaduais, e agora somente somos dois. Perdemos nomes importantes como o ex-prefeito de Camaçari e ex-deputado estadual José Tude. O partido está modificando seu estatuto, seu nome e seus ideais”, disse Alex Lima.
Alex Lima afirma ainda que o PTN deve perder mais quadros importantes até o final do ano, sobretudo após a mudança no seu estatuto, que acarretará inclusive na mudança do nome da legenda. “Acredito que teremos ainda outras baixas nos próximos dias. Na verdade, acredito que o partido vai encolher cada vez mais, se resumindo a um ou dois nomes” na Bahia, ponderou o parlamentar.
O Podemos não terá uma linha ideológica definida, segundo Renata Abreu, não será “nem de esquerda, nem de direita”. “Esta divisão está superada. As pessoas se movem em torno de causas, que mudam de tempos em tempos, e não em torno de uma ideologia estagnada”, diz a deputada.
Presidente do PTN na Bahia, o deputado federal João Carlos Bacelar classifica a atual bancada do partido como de centro-direita, com deputados de perfil conservador. Mas ele pondera que haverá espaço para parlamentares “mais à esquerda”. Extraído do site Brasil 247/Bahia.