Se você juntou dinheiro o ano inteiro para aproveitar as ofertas da Black Friday e já está contando as horas para o início das promoções fique atento. As 24 horas de preços em baixa, dia que já ficou marcado no calendário do varejo nacional, também oferece grandes riscos ao bolso e, para fugir de todos eles, o coordenador do Grupo de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos (GME), delegado João Cavadas, dá dicas simples que podem ajudar a escapar das fraudes muito comuns no período.
A atenção já começa com a escolha do site, que deve ser de lojas conhecidas e, de preferência, já estabelecidas no mercado. “Existem sites que, embora se apresentem como lojas online, são apenas intermediadores da venda, não se responsabilizando pelos problemas que venham a ocorrer com a negociação ou com o produto”, explica Cavadas, que também orienta a análise mais cuidadosa das ofertas.
“Até liquidações possuem um perfil. Se a loja apresenta um produto com valor muito abaixo do convencional em relação a outros estabelecimentos, já é um sinal de alerta”, continua o delegado. Negociações em computadores públicos ou linkados em redes não-particulares, como conexões wi-fi públicas por exemplo, também devem ser evitadas, já que facilitam a subtração de informações de quem realiza a compra.
Identificados site e conexão seguros para fechar o negócio, o comprador também deve ficar de olho na URL (endereço do site), observando se em algum momento durante a transação a identificação de entrada no site mudou. “Há casos de sites fraudulentos que apresentam o mesmo layout das lojas comuns, mas tem no endereço uma letra a mais ou a menos, indicando se tratar de outro sítio. Você imagina realizar uma compra, mas, na verdade, vai pagar por um produto que não existe, para uma empresa que não existe”, ressalta.
Na hora de realizar o pagamento, a atenção deve estar voltada para o pequeno cadeado verde que deve estar do lado esquerdo antes da URL, garantindo a segurança do negócio. Com o número crescente dos tipos de fraudes em compras pela internet, o registro deste tipo de crime pode ser feito em qualquer delegacia territorial do estado. As unidades recebem o auxílio do grupo GME nas investigações, já responsáveis pela prisão de diversas quadrilhas especializadas. As informações são da SSP.