O Jornal da Chapada preparou um roteiro para o Natal e fim de ano que oferece o que há de melhor na Chapada Diamantina, abrangendo os principais atrativos do Parque Nacional e seu entorno: cachoeiras, cavernas, cânions, montanhas, cidades históricas integrantes dos Ciclos do Diamante e do Ouro, além de atividades do turismo de aventura para iniciantes e praticantes.
Com variadas opções de trilhas curtas e longas, este roteiro é acessível a diversos perfis de visitantes e conta com infraestrutura turística de qualidade. Tombadas pelo Patrimônio Histórico Nacional, as cidades de Lençóis e Mucugê, ao lado da pequena e aprazível Igatu, preservam o casario colonial do final o século XIX. A diversidade cultural confere um clima charmoso a Lençóis, que também se posiciona como o portão de entrada para a Chapada Diamantina.
1º Dia – Traslado Salvador /Lençóis ou Aeroporto Lençóis / hotel escolhido
Check-in e pernoite
2° Dia – Serrano, Salão de Areias, Cachoeirinha, Cachoeira da Primavera, Poço Halley
Neste roteiro realizado a pé, com percurso total de aproximadamente 4 quilômetros, o visitante inicia a caminhada a partir do centro de Lençóis, com destino ao Serrano, antigo garimpo, trecho do Rio Lençóis, cujo leito apresenta vastos conglomerados de rochas coloridas e polidas, formando caldeirões de hidromassagem naturais, ideais para banho. A trilha prossegue rumo ao curioso Salão de Areias, um pequeno labirinto onde formações rochosas multicoloridas propiciam, por decomposição, areias coloridas utilizadas no artesanato.
Descendo entre os rochedos, a poucos metros do Serrano está a Cachoeirinha, queda d’água cristalina e que propicia um excelente banho. Seguindo a caminhada, chega-se à Cachoeira da Primavera. Originada do Rio Grizante, essa cachoeira cai num terreno de pedras, dando às suas águas um tom ferruginoso. O Poço Halley ou Paraíso, considerado um dos mais bonitos e agradáveis poços da região, apresenta piscinas naturais e cascatas de águas relaxantes, emolduradas por uma bonita vegetação de entorno. Trilha leve.
3° Dia – Rio Mucugezinho, Poço e Cachoeira do Diabo, Caverna da Lapa Doce, Gruta da Pratinha, Morro do Pai Inácio
O roteiro é iniciado com veículo em percurso de 20 quilômetros, a partir da cidade de Lençóis, com destino ao Rio Mucugezinho, caminhada de 20 minutos pela margem do rio; em seu leito de pedras desalinhadas, formando várias cachoeiras e saltos, o maior deles é a Cachoeira do Diabo, 22 metros de queda e um lago muito agradável para banho. No local é também possível a prática de esportes como o rapel e a tirolesa.
Ainda de veículo, o roteiro segue para a Gruta da Lapa Doce, a 70 quilômetros da cidade de Lençóis, no município de Iraquara, de formação calcária e com aproximadamente 850 m de extensão; na área aberta à visitação, podem ser observados espeleotemas, colunas, estalactites e estalagmites de fascinante beleza.
A partir da Lapa Doce, percorridos 6 quilômetros de veículo, em estrada de chão, chega-se à Gruta da Pratinha, caverna escavada caprichosamente pelo Rio Pratinha, cuja água é de um tom azul transparente, refletindo um brilho prata proveniente do fundo da gruta, encoberto de pequenas conchas claras e rico em calcário e magnésio.
Nas águas vivem cerca de dez espécies de peixes que podem ser vistos a olho nu. A Gruta da Pratinha propicia a prática de esportes como espeleomergulho, tirolesa, flutuação e caiaque. Local também muito agradável para o banho.
O Morro de Pai Inácio, que é considerado o cartão-postal da Chapada Diamantina, fica localizado numa situação bem central da Chapada, o que permite uma vista panorâmica de grande parte das elevações mais imponentes da região, como as serras da Bacia, Mucugezinho, Sobradinho e os belos morros do Camelo e Morrão.
4° Dia – Capão: Cachoeira da Fumaça, Cachoeira do Riachinho
Percurso feito de carro (68 quilômetros), até a vila de Caeté-Açú, no município de Palmeiras. Trilha de seis quilômetros, um pouco puxada no início, mas o restante do percurso é uma região plana e tranquila.
Uma trilha repleta de flores e paisagens de vale, até chegar ao topo da Cachoeira, que se encontra a 1.490m acima do nível do mar, de onde o visitante se deslumbra com a queda livre da coluna d’água, despencando de 340m de altura, formando belíssimos arco-íris e como que tentando retornar para o alto, em forma de fumaça.
Retornando dessa cachoeira, uma parada para banho, na Cachoeira do Riachinho, com 20m de altura, caindo num grande poço, refrescante e imperdível. Ao final do passeio, retorno a Lençóis. Trilha média.
5° Dia – Poço Encantado e Poço Azul
Este roteiro é feito inicialmente de carro; partindo de Igatu, são 34 quilômetros até o Poço Encantado, que está localizado no município de Itaetê. Entrar na caverna até parece uma viagem ao centro da Terra. Um grande salão, de cerca de 40m de altura desde o nível d’água, abriga esse poço, que tem uma profundidade variando de 30 a 61 m e águas tão transparentes que permitem de forma perfeita a visualização de seu fundo.
No período de abril a setembro, um raio de sol penetra por uma claraboia natural, incidindo sobre a água e criando um cenário ímpar de rara beleza. O Poço Azul está localizado no município de Nova Redenção, em roteiro feito de carro. A caverna tem formações rochosas de estalactites e estalagmites e, ao fundo, possui um belíssimo poço de águas cristalinas, alimentado por lençol freático.
Como ocorre no Encantado, no período de abril a setembro, a posição do Sol com relação à Terra faz com que a incidência dos raios solares nas águas do poço provoque um belíssimo efeito, tornando as suas águas azuis, num tom completamente transparente. No Poço Azul é permitido o banho e flutuação. Ali encontram-se também esqueletos completos de preguiças gigantes, datados em 10 milhões de anos.
6° Dia – Igatu – Cachoeira do Córrego do Meio, Poço do Brejo, Museu Arte e Memória, Ruínas da Cidade de Pedras, Cachoeira Córrego do Meio, Cascatas das Cadeirinhas, Poço da Madalena
Localizado no município de Andaraí, está o vilarejo onde o tempo parece ter parado no período do Ciclo dos Diamantes. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Igatu oferece uma paisagem de infinita beleza, vales profundos, chapadões, o verde misturado ao cinza, marrom e rosa da secura do sertão.
Chegando a Igatu, o passeio feito a pé pelas ruas, levando o visitante às ruínas da Cidade de Pedras e ao Museu de Arte e Memória, onde registros de tempos remotos contrastam com a simplicidade atual de suas ruas e casarios e com a opulência dos tempos do garimpo de diamantes. Depois desta deliciosa visita ao passado, um descanso da caminhada com banho na água gelada do Poço do Brejo, para então continuar o passeio por uma trilha de aproximadamente 15 minutos de caminhada até a cachoeira do Córrego do Meio. Trilha leve.
7° Dia – Ibicoara: Cachoeira do Buracão | Mucugê: Cemitério Bizantino
Situada no extremo sul do Parque Nacional, no município de Ibicoara, a Cachoeira do Buracão é uma das mais belas da Chapada. O passeio oferece um belo visual da cachoeira por cima e, por baixo, no poço, um banho com gosto de aventura. Com 80 metros de queda livre, em forma circular, num cânion sinuoso. O passeio é feito inicialmente de carro até o município de Ibicoara, e mais seis quilômetros de trilha bastante tranquila.
O destino seguinte é o município de Mucugê. Chegando à cidade, é possível vivenciar uma volta ao passado num tour a pé de aproximadamente 40 minutos pelo conjunto arquitetônico colonial de grande beleza, além do Cemitério de Santa Izabel, em estilo bizantino, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
8° Dia – Traslado Igatu / Salvador Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães