A Odebrecht informou durante acordo de delação premiada com a Justiça detalhes de sua relação com a família Faria, proprietária do Grupo Petrópolis. De acordo com o Estadão, na delação, executivos da Odebrecht vão contar como distribuíram dinheiro a políticos através das empresas dos donos da cervejaria Itaipava. O valor foi distribuído através de doações eleitorais e entregas de dinheiro vivo.
As informações foram repassadas por Luizinho, funcionário do Setor de Operações Estruturadas, conhecido como o departamento da propina. Segundo ele, a Odebrecht injetou cerca de R$ 100 milhões na construção de fábricas em troca de dinheiro para campanhas eleitorais e pagamento de propina para agentes públicos. Ao menos duas empresas, a Praiamar e Leyros Caxias, teriam sido utilizadas para escoar o dinheiro do departamento de propina para campanhas nas eleições de 2010 e 2012.
Em 2010, no Tribunal Superior Eleitoral constam doações da Leyroz de R$ 4,3 milhões para políticos do PT, PMDB, PP, PSDB, PV, DEM, PTC, PSB, PSDC e PSOL. Em 2012 a empresa ofertou 560 mil para candidatos do PSB e PMDB. Já Praiamar, em 2010, doou R$ 1,1 milhão para os mesmos partidos. Em 2012, foram mais R$ 1,5 milhão para PSB, PMDB, PPS e PCdoB.
Entre os políticos que receberam as doações da empresa em 2010, segundo o delator, estão o baiano Jutahy Magalhães (30 mil), Aécio Neves (PSDB-MG), no valor total de R$ 120 mil, Ciro Nogueira (PP) com R$ 200 mil, o tucano Arthur Virgílio (R$ 100 mil), o democrata Heráclito Fortes (R$ 100 mil). As informações são do Estadão com redação do Bocão News.