O fogo iniciado na última quarta-feira (25 de janeiro) em uma região próxima à Cachoeira do Buracão, entre os municípios de Ibicoara e Iramaia, na Chapada Diamantina, foi dado como debelado dias depois, mas houve uma reignição subterrânea que trouxe de volta a destruição da fauna e flora local. Esse retorno aconteceu na última segunda-feira (30) e, desde então, a mobilização é intensa para combater as chamas, envolvendo voluntários, bombeiros e contratados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Em rede social, o major Edson Carregosa, do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar (CBPM), aponta que o que está ocorrendo é o ‘fogo de tufa’, embaixo da terra, devido à matéria orgânica e de gás metano que se formam na região. “É muito perigoso, tem que tomar cuidado mesmo se a chuva vier forte e fazer monitoramento. Se a chuva for fraca esse fogo continua e já causou mortes no Paraná, Amazonas e Rondônia”, afirma Carregosa.
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O presidente dos Combatentes a Incêndios Florestais de Andaraí (Cifa), Homero Vieira, falou sobre o assunto ao Jornal da Chapada. Para ele, se faz urgente um planejamento de prevenção e combate aos focos de incêndio na região. “Venho defendendo isso há anos e continuarei a defender até que nossas instituições governamentais entendam”, disse Vieira. No caso desse incêndio o presidente da Cifa acredita que o mínimo de cinco dias era necessário para extinguir os focos.
“O ego ainda é muito forte na maioria dos setores técnicos envolvidos, não admitindo que um simples brigadista possa propor a criação de uma diretiva”, desabafou Homero. Para o combatente existe amadorismo e incompetência nos combates. Além do que ele denomina de “Indústria do Fogo”. No entanto, Vieira ressaltou a bravura dos brigadistas, sobretudo os voluntários, “que na grande maioria dos incêndios são os verdadeiros responsáveis pelo combate”.
Jornal da Chapada