O presidente do Partido Social Liberal (PSL) na Bahia, deputado Marcelo Nilo, garantiu em entrevista à Tribuna que a legenda continua oficialmente na base de apoio ao governador Rui Costa (PT) na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). “Como partido, o PSL continua na base do governador. Os deputados que queiram ficar contra o governo, paciência. Eu não acredito que eles queiram sair da base.Mas repito: cada deputado pode fazer o que quiser. Isso é assunto encerrado. O partido continua na base do governo. Isso é um movimento dos deputados que querem cargos no governo e ainda não foram contemplados”, afirmou Marcelo Nilo.
O ex-presidente da Assembleia afirma também que ele não vai mudar seu posicionamento. “Eu continuo na base do governo”, reiterou Nilo. Enquanto presidente do PSL, ele rechaça qualquer possibilidade de a legenda passar a ser oposição no Legislativo. “Isso aí de jeito nenhum. Se algum deputado, ou todos eles, quiserem ir para a oposição, tudo bem. Mas o PSL continua um partido do governo. Eu continuo votando com o governo e não acredito que eles vão (para a oposição)”, garante Marcelo Nilo.
Um dos líderes do movimento dos insatisfeitos, o deputado Manassés reiterou à Tribuna o discurso que tem feito exaustivamente nos últimos três meses, de que o PSL não está representado no secretariado do governador Rui Costa. “Criamos um bloco independente porque os deputados do PSL não se sentem contemplados no governo”. Manassés reafirma que os dois cargos do PSL “são coisa de Marcelo Nilo”.
“Esses dois cargos são de Nilo. Isso aí é ainda do tempo do ex-governador Jaques Wagner. É um acerto deles, não tem nada a ver com o PSL”. Manassés garante que o movimento feito por seis dos sete deputados (só Marcelo Nilo não aderiu) não significa que eles estão querendo se tornar oposição ao governo. “Sentamos e discutimos antes de tomar nossa decisão, e não foi para fazer parte da oposição. Vamos ser neutros. Já que não somos contemplados, somos neutros, porque não somos representados no governo. No governo Rui Costa, o PSL não tem representação. Resolvemos tomar uma atitude. Ninguém é obrigado a ser oposição nem governo em parlamento nenhum”, afirmou.
O deputado desconversou sobre a possibilidade de ele e os demais dissidentes voltarem para a base no caso de o governador atender à antiga reivindicação. “Tem partidos que tem um ou dois deputados e foram contemplados com boas secretarias. Não dá para entender”, reclama Manassés. As informações são da Tribuna da Bahia.