A sessão da Câmara de Vereadores de Mucugê, na Chapada Diamantina, da última quarta-feira (19) deu o que falar nas redes sociais. O caso é que o presidente da Casa, o vereador José Almeida (PSD), mais conhecido como Zelinho, vetou a votação de uma indicação para o Plano Municipal de Acessibilidade e deixou cadeirantes revoltados com o caso. A cadeirante Luziana Cardoso, que colaborou para criação do projeto, afirmou que a atitude foi, “no mínimo, equivocada”.
Segundo Cardoso, “Zelinho alegou que era uma indicação já aprovada anteriormente e que inclusive já havia se tornado lei. De forma leiga eu sei que indicação não é lei. E que ao legislativo cabe apenas indicar ao executivo o cumprimento ou iniciativa de realizar a demanda em forma de indicação”.
Ela contou que participou efetivamente das indicações referidas. A primeira aconteceu em 2014 pela causa da pessoa com deficiência e mobilidade reduzida. “Tal indicação tratava da construção de rampas de acesso e retirada de barreiras das calçadas da cidade. Ela foi sim aprovada, não de forma unânime, e encaminhada a então prefeita Ana Medrado, que pelo meu conhecimento e creio que pelo senso comum não atendeu a tal indicação nem transformou indicação em lei”, contou Luziana.
A segunda indicação seria dada o tratamento de forma ampla a questão da acessibilidade. Propondo a criação do Plano Municipal de Acessibilidade. “Ela amplia o alcance para mais questões além das rampas e barreiras”, disse Cardoso. Para ela, o presidente da Câmara não deveria alegar a existência de uma indicação anterior como motivo para vetar outra indicação. Nossa equipe de reportagem procurou o vereador Zelinho, mas ele não foi encontrado.
Jornal da Chapada