A Chapada Diamantina é uma região com grande procura de visitantes, e o número continua em crescimento. A razão para isso está ilustrada no trecho entre Lençóis e Ibicoara. Os números impressionam tanto quanto a beleza das mais de 200 cachoeiras, 200 grutas, 1.500km de trilhas e um parque nacional de 152 mil hectares. Há atrações para quase todo tipo de turista, do aventureiro, que não liga para acomodações espartanas, ao sedentário, que quer relaxar após um revigorante banho de cachoeira.
Sim, a Chapada é para todos. Você só precisa ter em mente que, a não ser que possa passar alguns meses por lá, será impossível explorar tudo. A ordem é fazer escolhas. Lençóis pode ser o ponto de partida dessa expedição, a cidade recebe voos diretos da Azul a partir de Salvador, possui apenas 10 mil habitantes, e é um dos principais polos turísticos da Chapada. Ímã de estrangeiros e brasileiros cansados da cidade grande, o simpático vilarejo com atmosfera colonial reúne algumas das melhores hospedagens do destino, uma variedade de restaurantes para não deixar nenhum glutão entediado e diversos receptivos locais.
Dali, o acesso é fácil para um dos principais cartões-postais locais, o Morro do Pai Inácio (já no município de Palmeiras), que possui uma formação rochosa de bilhões de anos e 1.150 metros. A 90 quilômetros de Lençóis, o Poço Azul (em Nova Redenção) é uma das atrações mais singulares da região. Com profundidade que pode chegar a 21 metros, o incrível reservatório de águas cristalinas localizado dentro de uma caverna foi descoberto em 1920 por garimpeiros locais, mas passou a ser explorado pelo turismo apenas na década de 90.
Confira imagens de alguns pontos turísticos
Entre as mais de 200 cachoeiras, a do Buracão, em Ibicoara, é imperdível. Para chegar até o enorme poço de águas escuríssimas, devido à decomposição de folhas e taninos de raízes, rodeado de paredões de até 85 metros de altura, é preciso encarar 30 quilômetros de estrada de terra e mais uma caminhada de três quilômetros. De dificuldade média, a trilha dá um gostoso frio na barriga no final, quando é preciso atravessar uma pinguela sobre o rio para concluí-la. A boa notícia é que quem não confia no próprio equilíbrio pode fazer esse trecho nadando. Coletes salva-vidas ficam à disposição dos visitantes.
Após os passeios, o programa clássico é jantar e cair na cama cedo. Mas o fotogênico distrito de Igatu, pertencente ao município de Andaraí, vale mais do que apenas uma noite no hotel. Uma das mais importantes heranças dos tempos áureos do garimpo de diamante na região, que teve seu ápice entre 1844 e 1871, o povoado chegou a ter 9 mil habitantes, cinema e loja de produtos importados. Hoje tem 500 moradores e atmosfera bucólica, mas a história continua presente na arquitetura e no estilo de vida de seus moradores. São experiências para guardar por toda a vida. Jornal da Chapada com informações da Azul Magazine Digital.
Conheça a Cachoeira do Buracão