A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) da administração ‘Itaberaba de Todos’, do prefeito Ricardo Mascarenhas (PSB), realizou, na última quarta-feira (31), uma palestra sobre a Doença de Chagas no Auditório do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães. A doença é um problema que afeta milhões de brasileiros em diversas regiões do país, é infecciosa e tem sua causa em um parasita encontrado nas fezes do inseto barbeiro.
O evento foi organizado pela Vigilância Epidemiológica (VIEP) da SMS e contou com as apresentações do médico Infectologista da Rede Municipal de Saúde (RMS), Renato Fagner Martins, e de Vitória Ramos, representante dos Médicos Sem Fronteira, organização internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias.
Participaram do evento o secretário da Saúde, João Rodrigues Góes Jr., a assessora especial, Cléo Anjos, representando o prefeito Ricardo Mascarenhas, e o coordenador da Vigilância Epidemiológica, Evangleydson Macedo. Além deles, também estiveram presentes, compondo a mesa, a representante do Núcleo Regional de Saúde, Maristela Almeida, dos agentes de Saúde Pública, Celso Moura Neves, Manoel Correia e Eronildes Francisco dos Santos.
Para o Martins “a Doença de Chagas, apesar de ser uma doença antiga, centenária, ainda não está erradicada. E o poder público tem que saber que a batalha contra esta doença é constante, nunca uma batalha que pode se dar por vencida”. Vitória Ramos destacou a importância de se falar sobre esta doença tão negligenciada, “que muita gente até esquece e acha que não existe mais no nosso país. Mas não é verdade”, observou.
Segundo ela, menos de 10% das pessoas que têm a doença, conhecem o diagnóstico, o que justifica o fato de que “todos os números, no Brasil, serem estimados porque não se tem, de fato, uma comprovação”, disse. No Brasil, estima-se que uma população entre 1 a 4 milhões de pessoas devem ser portadoras da doença.
Deste total, menos de 1% teve acesso ao tratamento. As pessoas que quiserem saber se estão ou não infectadas devem procurar um médico para que este solicite a realização de um teste diagnóstico. Existe tratamento disponível e, na fase aguda, quase 100% de chances de cura. Jornal da Chapada com informações de assessoria.