A segunda edição do evento ‘Forró Nu’, que será realizado neste sábado (17) em um sítio localizado em Massarandupió, no município de Entre Rios, Litoral Norte baiano, terá regras rígidas para os participantes após uma polêmica entre o grupo naturista e associação de moradores da localidade. Os organizadores informaram que ficarão atentos à forma com que todos se divertem no local.
A principal regra é a que proíbe sexo explícito no espaço do evento. Caso ocorra qualquer situação referente ao sexo, as pessoas serão convidadas a sair. O coordenador de turismo da prefeitura de Entre Rios, Franklin dos Santos, destacou que o município também fiscalizará o evento. “Trata-se de um local fechado, privado, então a prefeitura tem o dever de fiscalizar, acompanhar a execução da festa”, explicou.
Ninguém vai poder entrar com máquina fotográfica, nem celular. Para preservar a privacidade do público, o sítio onde será realizada a festa será cercado com palhas de dois metros de altura. Além disso, é permitida a entrada de casais, mas é proibida a entrada de homens desacompanhados no evento. Menores de 18 anos não entram, segundo a organização. “O que será permitido na festa é dançar muito forró nu, com respeito, tomar licor, comer milho assado na fogueira e muita alegria”, explica Davi Andrade, um dos organizadores.
Mesmo com as regras, a Associação de Naturismo da Bahia, discorda do evento. “Um forró nu é a conotação muito pejorativa para nossa causa. A associação não concorda porque está difamando a imagem da praia e do povoado”, explicou Jânio Gonçalves. Outro fator visto como negativo pela Associação Massarandupiana de Naturismo (Amanat) é a forma de divulgação do evento. Eles apontam que na primeira edição da festa, em 2016, foi divulgado na imprensa e nas redes sociais como se fosse um evento público e o mesmo ocorreu este ano.
Com isso, a associação entrou com uma representação junto ao Ministério Público contra a realização do evento. Segundo o promotor Paulo Cesar Azevedo, os organizadores devem cumprir regras. Segundo ele, não há problema em o evento acontecer caso seja em ambiente privado, que não tenha visualização na parte externa e ainda que respeite as regras de poder de polícia em relação a eventos realizados no município.
Moradores
No povoado de Massarandupió, tem morador que apoia a festa, mas outros que são contra. É o caso da vendedora Emiliana dos Santos. “Tem gente que acha que o forró é dentro da comunidade de Massarandupió e não é. Devido a isso, eu sou contra”, disse. Já a dona de casa Nice de Jesus prefere não criticar o evento e acha que todos devem ter liberdade de fazer o que desejam, mas revela que não iria à festa. “Vai quem quer. Para que criticar? Eu não critico ninguém. Eu não iria porque só fico nua entre quatro paredes”, brinca. Jornal da Chapada com informações de G1BA.