Após a repercussão do encontro fora da agenda que manteve na semana passada com Michel Temer e os da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, e da Casa Civil, Eliseu Padilha, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, disse que a reunião foi “absolutamente normal” e tratou da reforma política.
Gilmar tentou minimizar o encontro afirmando que também “não veria nenhum problema do juiz Sergio Moro receber o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou [o ex-ministro] José Dirceu”. Lula é réu em dois processos sob responsabilidade de Moro e Dirceu foi condenado em outras duas ações pelo magistrado.
No caso de Gilmar, tanto Temer como Padilha e Moreira Franco também são alvos de investigações. Em junho, Gilmar deu o voto de Minerva que resultou na absolvição da chapa Dilma Rousseff – Michel Temer da acusação de abuso de poder econômico. “Estamos discutindo aqui, desde o primeiro dia na minha gestão na presidência [do TSE], a reforma política. E temos conversado com todos os atores”, destacou Mendes ao jornal O Globo.
“Eu sou presidente do TSE e tenho que falar, por exemplo, sobre eleições. Com quem eu converso? O presidente não deixa de ser presidente pelo fato de ter uma denúncia oferecida. Eu conversei com ele como chefe de estado, chefe de governo, e eu como presidente do TSE. Foi nessa condição”, assegurou. A redação é do site Brasil 247.