Mais de 90% dos moradores em 12 municípios baianos são empregados com carteiras assinadas, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Cidades da Chapada Diamantina, como América Dourada, Souto Soares e Mulungu do Morro, estão em outra lista, a de 53 municípios com mais de 80% da população com emprego em órgãos públicos locais. Em Mansidão, no extremo oeste baiano, e Macururé, na parte norte do Vale do São Francisco, as prefeituras chegam a contratar quase todo mundo, chegando ao índice de 96,6% de emprego formal nesses locais. Abaixo das duas, aparecem Buritirama, Novo Horizonte, Ipecaetá, Irajuba, Morpará, São José do Jacuípe, Bom Jesus da Serra, Lamarão e Matina.
Conforme a analista de estudos econômicos do Sistema Federação de Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Nayara Freire, o problema desses municípios fica maior com a dependência por transferências externas, recursos que chegam do Estado e da União, como o programa Bolsa Família. Para a economista, a instalação de empresas, mesmo com a isenção de impostos, pode ser uma saída. “É preciso criar condições para que empresas se instalem nas cidades, criando melhores condições para os moradores. Por mais que haja isenção de imposto com a instalação dessas empresas se acaba tendo maior arrecadação”, argumenta.
Ainda segundo a pesquisa, ao todo, 53 cidades do estado têm mais de 80% da população com emprego formal lotada nas prefeituras. São os exemplos de Érico Cardoso, Canápolis, Pedrão, Ichu, Saúde, Tabocas do Brejo Velho, Contendas do Sicorá, Umburanas, Sebastião Laranjeiras, Angical, entre outros. Em relação ao país, 530 municípios contratam mais de 80% da força de trabalho formal via prefeituras, ou praticamente 10% das 5.570 cidades brasileiras. Os últimos dados fornecidos pelo MTE sobre força de trabalho formal correspondem ao ano de 2015. Jornal da Chapada com informações do Bahia Notícias.