Os vice-prefeitos Flávio Baioco (PTN), Beto do Axé Moi (PP) e Carlos Lero (PSC) se preparam para assumir as administrações municipais de Eunápolis, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, respectivamente, após os prefeitos terem sido afastados pelo Tribunal Regional Federal (TRF) durante a Operação Fraternos, deflagrada pela Polícia Federal (PF), na última terça-feira (7). Baiôco é capixaba, tem 47 anos e, na época do lançamento da candidatura para o pleito de 2016, afirmou ao Radar 64 que não queria ser “vice decorativo”.
Em fevereiro de 2017, após a eleição, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) recebeu uma denúncia de nepotismo na gestão de Eunápolis e recomendou que o irmão de Flávio, Rodrigo Baiôco, fosse exonerado do cargo na comissão de superintendente de gestão administrativa. “O vice-prefeito Flávio Baiôco também ocupa cargo de chefia, como secretário de Governo, estando aí claramente caracterizado o nepotismo”, pontuou o promotor de Justiça Dinalmari Messias.
Em Porto Seguro Humberto Nascimento, de 42 anos, assume a gestão. Ele é um empresário reconhecido da região. Desde a primeira vez que concorreu a vice-prefeito, em 2012, seu patrimônio teria aumentado em 326%, passando de R$ 398,4 mil declarados para R$ 1,3 milhão. Na região de Cabrália, Carlos Lero, também com 42 anos, afirmou em nota que durante o tempo que o prefeito Agnelo estiver afastado, pretende dar “continuidade ao bom trabalho que o prefeito vinha desenvolvendo”.
Ele assumiu a gestão na quarta (8), em cerimônia realizada na Câmara Municipal. Para ele, o prefeito é inocente e irá provar isso perante a Justiça. “Assim que Agnelo for absolvido, a sua cadeira estará pronta para recebê-lo, com o mesmo amor e carinho de quando assumiu o seu primeiro dia como prefeito, eleito por nosso povo com mais de 70% dos votos válidos”, declarou. Jornal da Chapada com informações de Bahia Notícias.