O poeta, compositor, agitador cultural, produtor musical, ator e escritor sergipano Manuca Almeida escolheu Juazeiro para ser sua ‘terra’ e é no norte baiano que ele será enterrado após falecer no último sábado (11) em um hospital de Barretos, em São Paulo, enquanto fazia um tratamento contra câncer. Ele morreu aos 53 anos e deixa esposa, três filhas e dois netos. O corpo dele será velado na tarde desta segunda-feira (13) no Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro. Ainda não há informações sobre o local e horário do enterro.
O prefeito da cidade, Paulo Bonfim, decretou luto oficial por três dias. O problema de saúde de Manuca começou nos rins. Após extrair um deles, foi constatado um tumor maligno em uma biopsia. Semanas depois, ele começou sentir dores de cabeça e o caso se agravou, com novos exames detectando um tumor na cabeça. Ao ser marcada a cirurgia em Petrolina (Pernambuco), a cantora Ivete Sangalo tomou conhecimento do caso e o transferiu para a cidade de Barretos, em São Paulo, para fazer a cirurgia. Porém, nos últimos dias, o quadro de saúde piorou após sessões de quimioterapia.
Vida
Manuca Almeida nasceu no dia 16 de dezembro de 1963, em Aracaju. Recebeu o título de Cidadão Juazeirense. As principais marcas dele foram a irreverência e a força da poesia. Manuca participou e fez produções locais de novelas, comerciais e filmes, como “Dona Flor e seus dois maridos”, “Eu, Tu, Eles”, “Guerra de Canudos” e “Memórias Póstumas de Brás Cubas”.
Em 2001, ficou conhecido em todo mundo depois da música “Esperando na Janela”, composta em parceria com Targino Gondim e Raimundinho do Acordeon. Gravada por Gilberto Gil e por mais de 40 artistas. A canção venceu o Grammy Latino como melhor música brasileira daquele ano. Tem vários livros lançados e mais de 500 músicas compostas, sendo que mais de 200 delas gravadas por artistas como Gilberto Gil, Ivete Sangalo, Família Caymmi, Dominguinhos, Arnaldo Antunes, Rosa Passos, Margareth Menezes e muitos outros. Jornal da Chapada com informações do G1BA.