Uma família proprietária de um cachorro da raça Pinscher, que atendia pelo nome de Rabito, morto de forma misteriosa no município de Tapiramutá, na Chapada Diamantina, está revoltada com o crime. O cachorro de dois anos, pertencia a uma criança de 8 anos que, de acordo com a família, está muito abalada depois que o seu cachorro foi encontrado morto. A comerciante Lucimeire Silva conta que o cachorro escapou da residência há oito dias atrás, e foi visto dias depois caminhando pelas ruas.
O cachorro tinha costume de sair, mas sempre retornava só que, desta vez, Rabito demorou e a família começou a procurá-lo. O cachorro foi visto nas imediações da localidade de Bringo, zona rural, na fazenda de um homem conhecido como Gilvan do Capim Branco. “Várias pessoas me avisaram que o cachorro tinha sido visto na casa de Gilvan e eu fui pegá-lo, mas, infelizmente, encontrei o cachorro de minha filha morto no pasto, aparentemente morreu envenenado”, disse Lucimeire.
Moradores da cidade afirmaram que o cachorro Rabito era conhecido por seu temperamento muito tranquilo. “Ele era muito dócil com crianças, com as pessoas e com outros animais, a morte do cachorro foi um ato covarde e cruel. Acredito que ele queria ficar com o nosso cachorro a todo custo e para acabar com as provas de que o cachorro estava na casa dele, resolveu matar o nosso Rabito, o cachorro mais amoroso e feliz que já conhecemos, morto por envenenamento. Maltratar animais é crime, queremos justiça”, desabafou Lucimeire.
Abalada com o crime, a família e amigos enterraram o cachorrinho no último sábado (11). “Eu peguei ele ainda filhote, para minha filha. Ele era um membro da família, era nosso filho. É chocante ver que as pessoas podem fazer uma coisa horrível dessas”, disse Jaime, pai da criança. A família registrou queixa na delegacia e a polícia deve ouvir as testemunhas.
Depois de registrar boletim de ocorrência contra o suspeito, o casal ainda contatou o Grupo de Proteção de Animais ‘Fiéis 4 Patas’, da cidade de Ipirá. Uma das representantes, informou que já acionou a advogada e vereadora Ana Rita Tavares, de Salvador, especializada em crimes contra animais.
“Os casos de maus tratos a animais, como também os envenenamentos, devem ser denunciados na Polícia Civil. A pena vai de três meses a um ano, prevista na lei de crime ambiental. Feita a denúncia se inicia imediatamente um trabalho de investigação, que visa reunir o maior número possível de provas da materialidade do crime e do seu autor. Concluindo os trabalhos de investigação, é remetido para a Justiça para que o responsável pelo crime seja submetido à decisão judicial”, afirmou o Grupo Fiéis 4 Patas “Amigos de Verdade”. Jornal da Chapada com informações de Cristina Villarino.