O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em entrevista ao radialista Mário Kertész, da Rádio Metrópole, nesta terça-feira (6), afirmou que “estão fazendo com Wagner o que estão fazendo comigo”, ao comentar a Operação Cartão Vermelho, deflagrada pela Polícia Federal na semana passada e que atingiu o ex-governador da Bahia sobre uma possível irregularidade no contrato com a Arena Fonte Nova.
“Tem muito safado tentando prejudicar o PT”, apontou. O petista disse acreditar ainda que sua candidatura à Presidência da República será registrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo ele, “haverá a preocupação de analisar o processo”. “Não sou candidato, pois não teve convenção do PT, mas estou candidato”, garantiu. Ele disse também que não aceita a condenação no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
“Não respeito. Se eu respeitar, minha neta quando tiver 16 anos vai ter vergonha”, disse. O ex-presidente minimizou os ataques a ele. Para Lula, é como ocorre no Ba-Vi: “torcedor do Bahia não acredita no torcedor do Vitória”. “Na política é assim, você tem 33% de eleitores lulistas, você tem uns 30% que é de direita. O resto está disposto a ouvir e ser convencido. Todas as coisas que eu falar tem 30% contra”, opinou.
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Julgamento no STJ
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) julga nesta terça (6) o mérito de um habeas corpus preventivo para evitar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ação, os advogados se anteciparam à decisão da segunda instância da Justiça Federal, que pode determinar a execução provisória da sentença que condenou o ex-presidente a 12 anos e um mês de prisão na ação penal envolvendo o tríplex no Guarujá (SP).
Na sessão, que está prevista para começar às 13h, os ministros vão julgar a validade da decisão liminar do vice-presidente do STJ, ministro Humberto Martins, que negou o mesmo pedido dos advogados, no dia 30 de janeiro. A possibilidade de prisão, para execução provisória da condenação do ex-presidente, ocorre em função do entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) que validou, em 2016, prisão de condenados pela segunda instância da Justiça, mesmo cabendo recurso aos tribunais superiores. Com informações do Bahia Notícias e Agência Brasil.