O câncer começa e termina nas pessoas, disse, certa vez, a cientista britânica June Goodfield. Para ela, em meio as abstrações científicas, essa verdade fundamental pode acabar sendo esquecida. “Médicos tratam doenças e também pessoas e esta precondição de existência profissional, por vezes, a empurra em duas direções ao mesmo tempo”. Goodfield está certa, assim como estavam chineses, indianos e tantos outros há mais de séculos: é preciso olhar o todo. Ainda hoje o tratamento contra o câncer é muitas vezes difícil e, não obstante, é preciso tratar a doença e também as pessoas de uma forma global, fortalecendo-as física, mental e, por que não, espiritualmente para que estejam prontas para encarar a doença.
Com o objetivo de promover a importância da medicina integrativa, o Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB) / Grupo Oncoclínicas vai promover o Encontro Bem Estar, no próximo dia 5 de abril, às 16h, no auditório da sua sede em Ondina. Durante o evento, que integra as comemorações pelo Dia Mundial de Combate ao Câncer, haverá um Talk Show mediado pela apresentadora Olga Goulart e com a participação de vários especialistas. Inscrições gratuitas e informações através do e-mail comunicaçã[email protected] ou telefone (71) 4009-7059
No encontro, a oncologista Renata Cangussu, da equipe do NOB, falará sobre “Oncologia integrativa: porque essa modalidade é essencial no tratamento do câncer”. A fisioterapeuta Helena Mathias vai abordar o tema “Atividade física: os benefícios de diferentes modalidades, como Pilates e Yoga, na prevenção e tratamento do câncer”, o psicólogo Beto Dias vai expor os benefícios psíquicos e físicos do Mindfulness (atenção plena), técnica de meditação cada dia mais recomendada pela própria comunidade médica por seus efeitos no bem estar do paciente. E o educador físico Antônio Marcos Motta vai falar sobre “O papel da atividade física na fadiga relacionada à quimioterapia.”
Não é por acaso que, cada vez mais, em centros oncológicos existem áreas reservadas para tratamentos como reiki, acupuntura, musicoterapia, yoga, suporte emocional, psicologia e tantos outros tratamentos bem ao lado das salas com equipamentos de alta-precisão. Isso porque cuidar do paciente com câncer é mais que um tratamento multifuncional, ele deve ser integrativo.
“A medicina integrativa não é uma especialidade médica, é uma forma de exercer a medicina. Um olhar que entende que a pessoa que está doente tem um conjunto de sintomas físicos e emocionais. Tem também o contexto familiar em que ela vive, a casa, o trabalho. E para que a gente tenha sucesso no tratamento é preciso abordar o paciente como um todo”, diz Renata Cangussu, médica especializada em oncologia integrativa do Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB). As informações são de assessoria.