A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta (6) preventivamente, em São Paulo, o ex-diretor da Dersa – Desenvolvimento Rodoviário S/A Paulo Vieira de Souza, acusado de desvios de recursos na construção do trecho sul do Rodoanel, o prolongamento da Avenida Jacu Pêssego e a ampliação da Marginal Tietê, na capital paulista. Conhecido como Paulo Preto, o ex-diretor atuou em gestões do PSDB no governo paulista. O mandado de prisão foi executado pela PF em cumprimento a uma decisão da 5ª Vara Criminal Federal no estado, que também expediu mandados contra mais quatro pessoas.
Paulo Preto é acusado de desviar em espécie e em imóveis, entre os anos de 2009 e 2011, o total de R$ 7,7 milhões (valores da época). A PF também cumpriu busca e apreensão na residência do ex-diretor da Dersa. Os réus respondem pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e inserção de dados falsos em sistema público de informação.
Em nota divulgada quando foi apresentada a denúncia, a defesa alegou que a ação era “contrária à própria conclusão da auditoria e das investigações internas, que inocentaram Paulo Vieira de Souza de qualquer ato ilícito ou favorecimento a quem quer que seja. Igualmente, a denúncia não se ampara nos elementos informativos colhidos no inquérito policial, que mostraram que ele não cometeu qualquer crime”.
Em nota, a defesa de Paulo Preto informa que a prisão não tem qualquer relação com a Operação Lava Jato. A prisão foi decretada no âmbito do processo sobre supostas irregularidades ocorridas em desapropriações para a construção do Rodoanel Sul. Para a defesa, a medida é arbitrária, sem fundamentos legais, além de desnecessária diante do perfil e da rotina do investigado, sempre à disposição da Justiça. Da Agência Brasil.