Ainda sem partidos com apoio fechado para compor sua majoritária, o pré-candidato do MDB ao governo estadual, João Santana, analisa a possibilidade de sair com uma “chapa puro-sangue”. Ou seja, a vaga de vice e as outras duas para o Senado seriam ocupadas apenas por nomes do próprio partido. Em entrevista ao site Bahia Notícias, ele disse que a sigla tem condições de sair sozinha na disputa.
“Temos nome para fazer chapa puro-sangue de cima abaixo. Mas, se houver conveniência para fazer majoritária, é possível. Por enquanto, estou contando com membros do MDB”, explicou Santana ao site, nesta terça-feira (15). Ainda segundo o pré-candidato, no quesito coligação proporcional, a legenda está em conversas com outras duas agremiações – ele preferiu não citar quais – para fechar aliança, mas, caso não consiga, o caminho será o mesmo da majoritária.
“Nós temos conversas com partidos menores, mas não tem nada certo. Gostamos muito de solidariedade, mas temos uma quantidade enorme de candidatos puro-sangue. Se houver possibilidade de se fazer coligação, faremos. Será uma coligação por princípio, nada por vantagem”, afirmou. Atualmente, de acordo com Santana, o MDB baiano tem 51 candidatos a deputado federal e outros 25 a estadual. Com essa quantidade, o partido pretende fazer, na Câmara, dois deputados, “com certeza”, e está “correndo atrás” de eleger o terceiro.
Já na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a expectativa é de que, apesar de não conseguir restabelecer a bancada de 5 deputados estaduais que debandou da sigla em meio ao escândalo do bunker de R$ 51 milhões envolvendo os emedebistas-irmãos Lúcio e Geddel Vieira Lima, o MDB consiga ocupar na Casa de duas a três cadeiras. Sobre uma possível participação do pré-candidato a governador pelo PRTB João Henrique na sua chapa, Santana disse que não foi procurado por ele para discutir o tema.
O emedebista, que também é presidente do partido na Bahia, ainda deu um recado àqueles que querem falar por ele e pela executiva estadual. “Acho João Henrique uma boa pessoa, fui secretário dele, mas a questão depende de conversa, de entendimento. De minha parte, não houve acerto. A majoritária está sendo pensada por mim e membros da executiva. Aquele que oferecer vaga sem ouvir os outros vai passar vergonha”, avisou. As informações são do Bahia Notícias.