Denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) no início deste ano, o deputado estadual Marcos Prisco (PSC) virou réu devido ao crime de falsidade ideológica que teria sido praticado na época em que ele liderava a Associação de Policiais Militares, Bombeiros e Familiares do Estado da Bahia (Aspra). A ação tramitaria no pleno do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), devido ao foro do deputado, mas com a nova decisão do Superior Tribunal Federal (STF) de restringir o foro privilegiado para crimes relacionados ao mandato o socialista cristão agora terá que ser julgado por uma esfera criminal local.
O crime teria sido praticado quando Prisco ainda era vereadora, em 2013, e teria mandado um dos seus assessores parlamentares produzisse, com antecedência, as atas de assembleia geral da respectiva Associação, com a prévia indicação dos nomes e cargos que seriam eleitos. Os editais das assembleias eram publicados em veículos de comunicação de pouca circulação para assegurar que o objetivo fosse atingido com sucesso.
De acordo com o MP, o “modus operandi” era comandado pelo deputado para fazer constar todos os nomes que seriam destituídos e empossados. As assinaturas na lista de “presença” também eram manipuladas, com nomes retirados, aleatoriamente, de atas antigas que o próprio Prisco fornecia, sendo que as assinaturas dos diretores eram colhidas posteriormente à confecção da ata. As informações são do Política Livre.