O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, atualizou na noite do último sábado (26) os números sobre a liberação das rodovias do país. Segundo ele, ainda há 586 pontos de bloqueio parcial de estradas, enquanto outros 577 pontos foram liberados pelas forças de segurança. “Um número praticamente meio a meio entre aquelas que se encontram liberadas e interditadas”, disse o ministro durante entrevista à imprensa no Palácio do Planalto. “Tivemos seis casos em que o desbloqueio não se deu de foma negociada, em que tivemos que utilizar o choque da Polícia Rodoviária Federal, porém sem vítimas”, acrescentou Jungmann.
O ministro informou também que desde o início da paralisação de caminhoneiros, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) emitiu 400 autos de infração, com multas que somam R$ 2,03 milhões, correspondente a infrações de trânsito. Jungmann disse ainda que tem sido aplicadas as multas de R$ 100 mil por hora contra entidades ou empresas que estejam promovendo interdições de estradas pelo país, conforme estipulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o governo, a Polícia Federal (PF) já abriu 37 inquéritos para investigar empresários que tenham incentivado a paralisação das atividades de transporte de cargas, crime chamado de locaute. Jungmann mencionou já terem ocorrido prisões, sem dar mais detalhes.
PRF: 586 pontos seguem bloqueados e 577 foram liberados
Até as 19h, havia 586 pontos ativos de bloqueios por manifestações de caminhoneiros, informou há pouco a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo a corporação, a maioria dos bloqueios é parcial e sem prejuízo à livre circulação. Também foram registrados 577 pontos desbloqueados de 0h a 19h. No fim da manhã, a PRF registrava 596 pontos bloqueados e 544 liberados. O número total de bloqueios considerados variou durante o dia com novas mobilizações e liberações, o que não permite comparações com o balanço divulgado pelo órgão no início da tarde.
Segundo a PRF, corredores para a circulação de transporte de animais vivos, gêneros alimentícios, equipamentos essenciais, medicamentos, combustíveis e outras cargas sensíveis estão sendo mantidos, além da prestação de apoio aos manifestantes durante as desmobilizações no intuito de garantir a segurança de todos os usuários das rodovias federais. O Rio Grande do Sul concentra a maior parte dos bloqueios, 94, seguido por Santa Catarina, com 68, e Minas Gerais, com 57. Da Agência Brasil.