Somente após os servidores da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) resolverem pressionar realizando uma greve de 72 horas nesta semana, a diretoria da Embasa apresentou uma nova proposta para o acordo coletivo deste ano. Houve discordância com a proposta que prevê 2% (sendo que inflação foi de 1,69%) para o reajuste salarial e alguns benefícios, mas incluindo a coparticipação no plano de saúde, causa principal da insatisfação.
Como a empresa apresentou sua proposta na última quinta-feira (28), a assembleia dos funcionários aconteceu na sexta (29) na capital e nas 13 unidades regionais do interior. Por ampla maioria a categoria rejeitou a pretensão da Embasa de fechar o acordo e acabar com a greve, marcada para começar dia 3 e durar até quinta (5). Há expectativa de nova assembleia na próxima sexta (6), também com indicativo de greve.
A coparticipação, item mais criticado da proposta pelos servidores, prevê a incorporação de R$ 60 na tabela salarial da empresa, mas inclui o pagamento, pelo empregado, de 10% do valor dos procedimentos médicos realizados. Ela só não se aplicará para pacientes internados a partir de 24 horas, hemoterapia (transfusões e tratamentos de hemofílicos), hemodiálise e diálise peritoneal, exames preventivos tipo mamografia, PSA, pesquisa de sangue oculto nas fezes, Papanicolau e oxigenoterapia.
Também ficarão isentos de pagamento da coparticipação os procedimentos decorrentes de doenças ocupacionais ou de acidente de trabalho. A empresa não poderá descontar mais de 10% da remuneração do empregado por mês. Também constante da proposta, e alvo de críticas, foi o vale alimentação, que a empresa propõe passar dos atuais R$ 35 para R$ 36. O auxílio-educação iria para R$ 300 mensais, e 2% de reajuste nos auxílios-filho especial, funeral, material escolar, bônus junino, natalino e no auxílio creche, sendo que neste último se quer reduzir a concessão do benefício em um ano, para crianças até 5 anos, 11 meses e 29 dias.
Além disso, a Embasa propõe alterar a formação da Cipa, para que ela tenha o direito de escolher um membro (atualmente todos são escolhidos pela categoria). Ao mesmo tempo aceita cláusulas novas reivindicadas pelos empregados, como a entrega da relação mensal de contribuições e fazer as homologações das rescisões de contrato dos empregados na sede do Sindicato. Agora é aguardar para ver como se desenrola a greve a que começa no dia 3 e as novas assembleias a partir do dia 6. Jornal da Chapada com informações do Sindae.