O caso envolvendo os assassinatos de dois professores no município de Porto Seguro, extremo sul da Bahia, ganha um novo capítulo com a defesa de júri popular do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), nesta quarta-feira (17). Para o parlamentar petista, reeleito na eleição do dia 8 de outubro, a questão é importante “para se ter justiça no caso e manter a luta pela educação no município”. Durante sua fala no plenário da Câmara Federal, Assunção relembrou o dia 17 de setembro de 2009, data em que aconteceu os crimes, e que os professores da região fazem diversas manifestações para pedir punição aos envolvidos nos crimes por meio do júri popular.
Os educadores Álvaro Henrique, de 28 anos, e Elisney Pereira, de 31 anos, presidente e secretário do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB) foram assassinados a tiros e o crime segue sem conclusão. “Eles lideravam uma greve na rede municipal de ensino e denunciavam o desvio de recursos da educação de Porto Seguro. Desde então, os professores do município lutam por júri popular para que se faça justiça aos que morreram. Até agora esse júri não foi marcado e espero que isso seja resolvido de forma imediata para que não aconteça mais na região e no Brasil crimes como esse”, salienta Valmir, que apoia a decisão da APLB de Porto Seguro.
Assunção ainda destaca algumas das demandas do candidato a presidente do PT, o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, que defende um programa de governo com investimento massivo na formação dos educadores e na gestão pedagógica da educação básica. Para o deputado, a proposta de Haddad em implementar a chamada ‘Prova Nacional’ para Ingresso na Carreira Docente para candidatos à carreira de professor das redes públicas de educação básica é fundamental. “Ele diz também sobre instituir diretrizes que possibilitem uma maior permanência dos profissionais nas unidades educacionais. Tem ainda o programa que pretende reforçar a Universidade Aberta do Brasil e todo um trabalho para assegurar o desenvolvimento da profissão”, completa.