No último final de semana aconteceu em Itaberaba, cidade da Chapada Diamantina, a culminância das ações positivas de combate ao racismo e de fomento ao empoderamento negro. É o Novembro Negro. O evento encerrou o mês intenso de atividades e uma grande festa foi realizada na praça do Rosário pela gestão municipal ‘Cidade de Todos’, do prefeito Ricardo Mascarenhas (PSB). Na oportunidade houve uma apresentação de dança afro com os coreógrafos e bailarinos Carlos Almeida e Hirvem Costa, e mais estilos com o grupo de dança Eletric Dance.
Teve ainda sarau poético Mulheres Pretas de Atitude e grupo de capoeira Nova Geração. Os alunos do curso técnico em dança do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães também marcaram presença e deram um show. Fechando a festa, pelo segundo ano consecutivo foi realizado o desfile Miss e Mister Beleza Negra. Os vencedores da noite foram Hiane Ventura Lopes dos Santos e Pedro Henrique Souza Santana.
“É preciso falar sobre preconceito, sobre racismo, sobre o quanto isso machuca e a urgência em darmos fim a essa prática. E não apenas em novembro, que fique bem claro. A atitude tem de ser diária, ao sair de casa, na rua, no mercado, em casa. Fazer juízo de valor por conta de raça, gênero ou cor, já não pode ser mais aceito”, disse o prefeito Ricardo.
Durante todo o mês de novembro, ações foram desenvolvidas em Itaberaba através da Biblioteca Pública e da Secretaria Municipal de Cultura. Uma delas, o “Cine Negritude”, foi realizada em parceria com as escolas municipais e outras entidades, quando foram apresentados filmes voltados para o tema.
A comissão do Selo Unicef também participou ativamente das ações. Várias palestras foram ministradas, e trazer o tema à tona é encarar o racismo de frente e fomentar o combate. Previstas no Plano de Municípios Culturais, assinado pelo prefeito Ricardo em 2017 junto a Secretaria de Cultura do Estado, as iniciativas buscam desenvolver práticas de combate ao racismo e a valorização da beleza e estética negra em Itaberaba.
Segundo a administração municipal, a conscientização é trabalhada diariamente, seja nas escolas, nos órgãos públicos ou onde quer que haja espaço para falar de preconceito, de como ele é danoso para a sociedade e da necessidade de bani-lo. Jornal da Chapada com informações de assessoria.