Desde dezembro do ano passado, esgotos começaram a transbordar pela cidade de Itaberaba, na Chapada Diamantina, cada vez com mais frequência e mais grave. Em alguns casos, com exposição de fezes e muito odor. A Secretaria Municipal de Infraestrutura Desenvolvimento Urbano (Seinfra) da gestão municipal ‘Cidade de Todos’, do prefeito Ricardo Mascarenhas (PSB), num trabalho minucioso, em parceria com a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), detectou o problema. Ligações clandestinas. A Seinfra foi acusada por moradores, inclusive, de ‘falta de manutenção’ e ‘negligência com a cidade’. Atribuindo erroneamente a responsabilidade da obra de saneamento básico pelo problema.
Em diversos pontos da cidade, indivíduos fizeram, sem autorização, ligações indevidas entre o esgoto da residência e a rede na rua. O problema é que a rede ainda não está operando, e o esgoto, diariamente, sendo direcionado para o lugar errado, tem atingido localidades diversas. A consequência é grave. Doenças podem ser causadas por esses dejetos tanto a moradores, quantos aos trabalhadores da obra. Além de crime contra o meio ambiente.
Bairros e localidades que não tem nada a ver e que, às vezes ficam distantes do local exato da irregularidade, é que estão sendo atingidos. Além do que, descobrir de onde vem a irregularidade demanda tempo e mão de obra. Vários bueiros que ficam nas ruas têm de ser investigados para finalmente encontrar o ponto exato do entroncamento irregular. Diante do ocorrido, a administração municipal afirmou que os causadores do problema serão punidos através da Lei nº 9.605, que prevê sanções contra crimes ambientais. As notificações serão realizadas de imediato, por órgãos ambientais, e a multa de até R$ 500 mil, será aplicada após 24 horas da notificação.
“O trabalho de conscientização vem sendo feito pela Embasa intensamente desde o início da obra. Não há como alegar desconhecimento”, pontuou o secretário municipal Evandro Novaes (Seinfra). “Não podemos cruzar os braços diante de algo tão grave, que é expor toda uma comunidade a doenças por um ato isolado e irresponsável”, justifica Novaes, após reunião de emergência com representantes da Embasa de do Meio Ambiente. Jornal da Chapada com informações de assessoria.